Secretário Flávio César é eleito por
unanimidade para presidir o Comsefaz
O Governador Eduardo Riedel é um homem intuitivo. E tem tido sorte. Quando escolheu o ex-vereador e ex-secretário de Governo Flávio César para a secretaria de Fazenda de Mato Grosso do Sul, muita gente imaginou que ia dar chabu.
Primeiro, César sempre foi pessoa da área política, tido como habilidoso no trato com parlamentares, extremamente cordato, um bom ouvinte, mas nada a ver com funções técnicas de ordem econômica e financeira.
Segundo, não consideravam o ex-secretário como homem dedicado aos números, ou seja, um profundo entendedor de legislação tributária, enfim, aquele personagem reto que perfaz o paradigma do burocrata frio que não enxerga nada além de cálculos complexos que permeiam a receita e a despesa de um Estado.
Muita gente ficou com o pé atrás. Nas reuniões dos grupos de fiscais e auditores da Sefaz/MS, Flávio mais ouvia do que falava. Prestava atenção.
Em poucos meses, surpreendentemente, estava dominando o riscado, analisando relatórios, cobrando desempenho, atuando para que Mato Grosso do Sul garantisse um lugar privilegiado cenário nacional, tendo uma das melhores saúdes financeiras do País. É o que está acontecendo.
Os críticos erraram. Riedel acertou. Hoje ele ri daqueles que detonavam Flávio César nos bastidores, garantindo-lhe a posição de assessor mais influente de sua equipe, mesmo que não pareça, pois discrição às vezes é a melhor estrada para seguir dentro de um governo cujo corpo funcional funciona como um ajuntamento de panelinhas hostis.
Ontem (07/02) Flávio César foi eleito por unanimidade para presidir o Comsefaz (Comitê Nacional de Secretários de Fazenda, Finanças, Receita ou Tributação dos Estados e do Distrito Federal), poderoso órgão que promove a integração e a articulação entre as Secretarias de Fazenda para pesquisar e ajudar a decidir políticas tributárias no País.
Foi uma resposta definitiva para a descrença de seus detratores e a suprema inveja daqueles que o desqualificavam em rodinhas de uísque nos fins de semana.
Esta é a primeira vez na história que um secretário do Centro-Oeste e Mato Grosso do Sul assume essa posição, escolhido por aclamação e sem disputa. É preciso lembrar que o órgão reúne a nata dos tributaristas brasileiros.
O secretário atribui essa convergência ao êxito da administração fazendária levada a termo com apoio do Governador Riedel, com a implantação de sua política de contratos de gestão, na qual cada órgão do Estado estabelece metas e se compromete a entregar resultados todos os anos, em todas as áreas.
"O nosso principal desafio será conduzir um trabalho de articulação com o Congresso Nacional, o Governo Federal, o Poder Judiciário, a Receita Federal, o Fórum dos Governadores, o Fórum dos Prefeitos e a Mídia Nacional, além da coordenação das demandas dos 26 estados e Distrito Federal, sempre buscando harmonia e alinhamento com as expectativas dos colegas secretários, em defesa dos interesses das Fazendas Estaduais e do fortalecimento da gestão fiscal, financeira e tributária do país", explica Flávio César numa nota sem subterfúgios.