Governador Riedel e senadora Tereza Cristina
vão liderar processo político até 2026
Tenho acompanhado o vulgo se expressar pelas redes sociais sobre as eleições que passaram e as que virão, em 2026.
Há dois consensos: a senadora Tereza Cristina é a grande vencedora do processo na Capital, pois manteve-se ao lado da Prefeitinha mesmo nos momentos mais adversos.
Recebeu uma rasteira cabulosa do ex-governador Reinaldo Azambuja, quando este, oportunisticamente, aproveitando uma viagem internacional de Tereca, fez um acordo maroto com Bolsonaro, tendo como meio de troca o apoio ao candidato Beto Pereira. O pai de Beto, ex-senador Valter Pereira, nunca aceitou esse arranjo.
Tudo muito ruim. Mas o jogo foi jogado e vida que seguiu.
Outro consenso: a eleição para o Governo do Estado em 2026 terá Eduardo Riedel como líder inconteste de uma frente ampla como se jamais viu em Mato Grosso do Sul.
Hoje Riedel está em Londres, convidado para um evento da ultra elite mundial para falar sobre o nosso Estado. Isso nunca aconteceu antes.
Também está lá a senadora Tereza, que fala inglês melhor do que os ingleses, para tentar colocar MS no fluxo dos grandes negócios mundiais.
Por ora, essa parceria é imbatível. Mas ela esvazia o poder de Azambuja, tornando-o coadjuvante do processo que vem pela frente.
Reconheço que nos municípios do interior Azamba tem força. Na Capital - por inúmeras razões - ele se tornou persona non grata, situação que tende a piorar (um dia escrevo sobre isso).
A imprensa local não dá o relevo que o assunto (a viagem de Riedel e Tereza a Londres) merece a este que talvez seja o mais importante acontecimento de nossos dias, mas os jovens jornalistas que ocupam nossas redações ainda não sabem onde se situa o próprio umbigo, pois estão muito preocupados com assuntos identitários. Deixa pra lá...
O fato é que estes consensos político-eleitorais são provisórios. Eleições municipais não se conectam automaticamente com pleito presidencial. No intervalo de dois anos o mundo gira várias vezes e as circunstâncias se transformam.
A vida tem um dinamismo que não permite a ninguém se fantasiar de profeta e determinar os rumos de acontecimentos futuros.
Podemos analisar a dinâmica de grandes movimentos sociais, como, por exemplo, em torno dos quais determinam, no caso do Brasil, o que vem se sucedendo desde as jornadas de junho de 2013, com a ascensão do conservadorismo de viés pentecostal, a invasão dos bárbaros da extrema-direita e o crescente qualunquismo e aporofobia, que são os grandes males destes tempos modernos.
Não canto em verso e prosa nem comemoro a chegada no topo da senadora Tereza Cristina. Essa condição pode ser provisória. Muitas vezes, políticos tomados pelo engano da autossuficiência, pelo abracadabra do Poder, transformam tudo isso em arrogância e, pior, certeza da impunidade.
Quando vem a queda, bem, já sabemos o que acontece...
Por isso, devemos esperar a passagem da euforia para ver, de fato, qual o rumo que as coisas da vida tomarão.
Só recomendo aos animadinhos de plantão que não dá pra ser otimista: a demonização do próximo permanecerá como paradigma das ações políticas daqui pra frente.
Quem reclamou de baixarias nesta última campanha, perceberá lá adiante que isso só foi Sukita, a coisa braba vem mais tarde...
PS - Tenho recebido recados de que a "turma de Rose está furiosa com você". Inclusive foram solicitar a alguns políticos amigos para que eu parasse de bater na Falsiane, sob a pena de receber processo. Não compreendo. Há uns 3 anos, Rose conversou comigo, na presença de nosso amigo comum Tony Ueno, e me passou de livre e espontânea vontade (eu não pedi) seu telefone, e afirmou que gostaria sempre de conversar para troca de ideias. Tudo bem. Depois descobri que o número do celular era falso e a promessa de conversar comigo era mentira. Você confiaria em alguém assim.? Rose me conhece. Sabe que não sou jornalista de negócios. Gosto de informação de bastidor. Mas não posso obrigar ninguém a me amar, mesmo porque sou personagem detestável e não tô nem aí pra isso.