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Carlão usa estrutura da Câmara para fazer Campanha eleitoral

 

 

 Carlão mantém adesivos de campanha de Marquinhos 

em cima de sua mesa para distribuir ao eleitores

****Dante Filho****

O Presidente da Câmara Municipal de Campo Grande, Carlos Augusto Borges, o Carlão (PSB), contraria todo e qualquer preceito republicano ao exercer o cargo da forma mais truculenta jamais vista ao longo da história da instituição. 

A Câmara tem todo feitor que merece.

Recentemente, ele proibiu a realização da CPI do Proinc (ora investigada pela polícia civil, pela delegacia de crimes organizados), indo ao microfone da Casa e surpreendente declarando que o vereador que assinasse o pedido da Comissão de Inquérito seria colocado no limbo, além de sofrer retaliações da própria presidência (a declaração está gravada em vídeo). Ninguém deu um pio. 

Recentemente, contrariando a lei e as normas emitidas pelo seu próprio gabinete, proibindo qualquer atividade de campanha eleitoral nas dependências da Câmara, ele mesmo transformou seu gabinete em centro de apoio à candidatura de Marquinhos Trad, com material publicitário sobre sua mesa de trabalho (veja foto). 

Enfim, a gestão de Carlão parece ter transformado a sede do legislativo municipal numa estrebaria. Carlão pode tudo, os demais vereadores mal podem se mexer. Estranho isso. Os interesses difusos parecem se entrelaçarem no jogo dos interesses inconfessáveis, permitindo a vilania de um contra a covardia da maioria. Não pode dar certo. 

A relação entre Marquinhos e Carlão é antiga. Eles há anos trocam cargos, emendas, projetos de lei envolvendo políticas públicas (normal). Mas há coisas estranhas que são feitas longe dos olhos do público. A Câmara, por exemplo, criou o cargo de Ouvidor Geral. A remuneração está em torno de R$10 mil e alguns benefícios. 

O vereador Delei, aproveitando da relação de compadrio com Marquinhos e a influência de Carlão, nomeou um cidadão que, por acaso, tem relações familiares com o vereador, o qual, imediatamente, foi cedido para o Executivo Municipal para exercer a atividade de motorista no setor de comunicação social.

O assunto é proibido de se comentar na Câmara. Mas Carlão é o sujeito que antes de tomar um gole dá outra pro santo, visto que mantem em seu gabinete  um oratório cercado por garrafas de pinga e uísque. Deve ser para se proteger de energias negativas.

Assim, trocando favores, ultrapassando os limites da instituição, abusando de seu poder, manda uma pra dentro e deixa um pouco para o divino. Afinal, ninguém é de ferro.

 
Oratório no Gabinete de Carlão: 
uma pra ele, outra pro santo