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Candidata da FAMASUL sofre ataques por causa do blog

Terezinha Cândido, candidata à presidência da FAMASUL

Publiquei no meu blog um texto que revela que a candidatura de Terezinha Cândido para a presidência da Famasul é um fato novo e que sua iniciativa deve interessar à sociedade, para além de seus associados, ganhando ou perdendo as eleições. 

A razão é simples: a entidade tem um peso político que transcende a produção rural. Trata-se de um setor que representa uma parte expressiva de nosso PIB e garante a circulação de nossas riquezas no País e no mundo.

O público gosta de saber o que se passa na FAMASUL.

Imaginar que uma simples notícia (veja aqui) causasse frisson entre produtores que militam em entidades representativas causa-me espanto. Mas foi o que aconteceu. Segundo informações que tenho recebido os opositores de Terezinha ligaram a chave do moedor de carne para destruí-la. Tudo por causa do texto que escrevi. Fiquei aborrecido.

Não conheço pessoalmente a candidata, nunca falei com ela e, provavelmente, não farei isso no decorrer do processo eleitoral da entidade . Por dever de ofício, não me aproximo de candidatos para os quais não trabalho. Não misturo estações. 

Mas nessas horas não vejo pessoas. Só enxergo causas. 

Não estou a serviço de dona Terezinha. Certamente, devo ter zilhões de divergências com ela. Mas estou gostando de sua entrada no jogo do poder.  

A causa de Terezinha me parece boa. Ela é mulher corajosa num reduto sempre ocupado por homens. É jovem. Fala o que pensa (veja seu comentário abaixo). E me parece que deseja espanar a poeira da velha política. Gosto disso.

Também não conheço o atual presidente Maurício Saito. Jamais conversei com ele. Deve ser uma boa alma. Mas ele, infelizmente, está no comando da entidade e representa o status quo, com o ônus e bônus que isso representa. 

Isso, por si só, não é demérito, mas tenho acompanhado os métodos de seus apoiadores e, sinceramente, acho que ele está no caminho errado. 

Saito devia entrar o no debate com o coração aberto. Falar e escrever o que pensa. Responder perguntas. Enfim, fazer o contraponto necessário para mostrar-se ao mundo. 

Essa é minha opinião. Como jornalista e cidadão. 

Ninguém é obrigado a aceitar ou concordar. Esse é o problema da liberdade de imprensa e de expressão. 


Abaixo, recebi esse comentário veiculado num grupo do Whatsapp postado por Terezinha Cândido, respondendo aos seus opositores que afirmavam que a publicação que fiz desqualificava a categoria. Gostei de sua intervenção. Veja: 

“Não tenho qualquer relação com a matéria veiculada em um blog. Até o momento só expus propostas de um plano de gestão que, de fato, represente a classe produtora.  Se os senhores tem questionamentos a fazer, que os façam a quem assina  referida matéria.

Até o presente momento me mantive alheias às diversas agressões feitas a minha honra, dignidade e história. Agora chega! Primeiro, quero esclarecer que não cheguei à Famasul por vias políticas. Tenho serviços prestados ao longo de 22 anos para essa instituição, por meio do Senar/MS. 

Não caí de paraquedas na Federação, não conquistei posição de destaque sendo cupincha de ninguém. 

Vejo uma sucessão de ataques ilegítimos, de pessoas que estão defendendo o próprio quinhão, quando o que a classe produtora necessita – mais do que nunca – é de representatividade. 

Se não tem a grandeza de lutar por uma causa comum – o interesse da classe produtora, há muito negligenciado - perante os interesses governistas – que pelo menos tenham a grandeza de respeitar quem pensa de outra forma e sonha com isso. Exijo respeito, quero um processo democrático, quero que o produtor tenha voz sim, que tenha direito de votar e até de ser votado, pois é ele quem paga a conta de tantos desmandos, enquanto a Federação que deveria os representar faz vista grossa perante as políticas nocivas que este governo tem implementado para a classe produtora. 

Não vou tolerar qualquer tipo de ataque e de antemão aviso: ou levamos esse debate para o âmbito das propostas, ou vou expor as entranhas dessa relação promíscua que a Famasul mantém com o governo em detrimento de seus sindicatos. 

Sou até o momento diretora-secretária dessa gestão, sucessora natural à presidência como todos sabem, mas decidi romper com esse sistema vicioso e esse é o principal ponto a meu favor. 

Contra isso não há argumentos. 

André Cardinal, Marcelo Bertoni e demais senhores do próprio destino... vocês não tem coragem para fazer o que fiz, não tem coragem para defender o interesse de toda uma classe que é massacrada todos os dias, estão muito ocupados olhando para seus próprios umbigos, então pelo menos – se lhes resta alguma dignidade – recolham a mesquinharia de vocês e deixem que o processo democrático ocorra. Isso é muito mais importante que os interesses pessoais de vocês”.