Sula Miranda, cantora
Soube pelo jornal “O Globo” da benevolente atitude da rainha dos caminhoneiros, Sula Miranda, que levou quentinhas aos motoristas em greve. Já de Roberto Carlos, autor das canções que embalaram os frenesis românticos nas estradas, nada. Esperei, esperei, mas o rei não abriu a boca e se posicionou sobre o fato.
Vai ver faz parte do script do cara.
Coloco os nomes dos artistas em ordem de importância na boléia. A cantora foi musa da classe lá nos idos dos anos 80, com sua cafoninha “Caminhoneiro do Amor”. Já RC, sempre foi trilha sonora dos inferninhos das estradas e consagrou-se com os homens do volante depois de pilotar um Mercedão e cantarolar o hit “Caminhoneiro”. Bastou para a canção causar frisson e infestar as AMs e FMs da vida.
Ambas as músicas (de um mau gosto extremo) são culpadas pelos meus traumas melódicos que carrego desde infância. Até hoje, 34 anos depois, não ligo o rádio nos fins de semana com medo de ser surpreendido com aqueles vibratos e as frases: “E vai e vem não tem parada, traz uma carga de saudade na chegada...” ou “Mas eu ando com cuidado, não me arrisco na banguela...”.
O mais comum seria culpar o presidente Temer e sua turma pela crise. É mais conveniente, o cara tá numa maré braba, não aponta caminhos para recuperar o País e convive com uma oposição em processo de expansão.
É impossível falar dessa bagunça toda sem mencionar a dupla Lula e Dilma, uma espécie de Batman e Robin da corrupção que transformou a Petrobras num reduto de criminosos direcionados a realizar saques em benefício dos seus aliados.
Olhando por esse espectro, a equação fecha: PT, desfalque na Petrobrás, empreiteiras e o resultado desse rombo todo chegou nas bombas de combustíveis e no bolso do consumidor.
• Jornalista e escritor