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É improdutivo o conflito entre MPE e Prefeitura


É da natureza humana planejar ações desconsiderando obstáculos que possam surgir no meio do caminho. No caso da prefeitura de Campo Grande - que atravessou sua fase Aleppo de ser - todo gestor sabe qual linha seguir para atingir metas de curto, médio e longo prazos. 

Em situações emergenciais, o prefeito determina um pré-roteiro administrativo e segue sua intuição sobre as prioridades a serem atendidas. Existe um cipoal de leis e procedimentos para ultrapassar barreiras e fazer a máquina funcionar. 

Diante disso, certamente causa certa irritação quando uma instituição como Ministério Público Estadual decide impor um protagonismo que resulta em travamento do processo de atendimento de demandas sociais. 

Nesse aspecto, o prefeito Marquinhos Trad está certo. 

Sua queixa procede, principalmente porque ele e sua equipe estão atravessando uma fase de adaptação, conhecendo de perto como a prefeitura funciona organicamente.

Ao mesmo, o procurador-geral de Justiça, Paulo Passos, também está correto, quando invoca deveres constitucionais para agir de ofício junto à prefeitura para dirimir questões que tem a ver com lisura procedimentais no manuseio de políticas públicas. 

Se ambos estão agindo com a melhor das intenções - a promoção do bem geral - nada mais lógico que construam um entendimento para superar dificuldades pontuais. 

Sabe-se que as ações do MPE tem a ver com a gestão de Alcides Bernal. Parece que o Ministério Público está chegando atrasado em alguns casos. 

Seria conveniente que tanto a prefeitura e o MPE esclareçam a sociedade sobre as dificuldades e assim encontrem um modus convivendi para ajudar a cidade fluir. 

Não é bom que o prefeito fique manietado por firulas, nem é conveniente que o MPE fique com a suspeita no colo de que age politicamente - a mando não se sabe de quem - para atrapalhar o andamento administrativo da Capital. 

O caminho do meio é possível e ideal. Basta bom senso.