Pages

Freire nomeia Luiza para salvar PPS de Mato Grosso do Sul


O Ministro da Cultura Roberto Freire deve ter, de fato, um carinho especial pelo PPS de Mato Grosso do Sul. 

Ele há muitos anos frequenta a cidade e deve ter feito bons amigos por aqui. Caso contrário, olharia para as querelas do PPS da Capital com soberba indiferença, assistindo ao desmoronamento do partido sem dar a mínima pelota. 

Há muito tempo o conflito entre Athayde Nery e Luiza Ribeiro saiu do campo político e passou para o pessoal. 

Athayde costuma chamar Luiza de "maluca"; Luiza diz que Athayde é "um canalha". Ambos aprenderam a se odiar. 

Como toda a cidade sabe, Nery tem um grupo dentro do PPS e Luiza tem outro. São antagônicos. Nesse aspecto, é preciso reconhecer que a vereadora - mesmo com todas as polêmicas que protagonizou nos últimos anos - tem melhor discernimento da nossa realidade. Além do mais, tem coragem, caráter e sabe as lutas que enfrenta. 

Tempos atrás, ela andou gritando "Fora, Temer!", mas percebeu que a bravata por aqui não colava. Recolheu-se para uma reflexão. 

Athayde, ao contrário, é dissimulado, fisiológico, faz a famosa política oportunista de servir ao patrão do momento - tudo por uma boquinha -, o que levaria o PPS/MS, em médio prazo, à sua extinção. 

O Ministro Freire decidiu salvar a banda boa do partido, dando um cargo de relativa relevância para Luiza, ou seja, a secretaria da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura. 

A função é uma esparrela. Não tem objeto nem propósito. Mas é um encosto que tem algumas mordomias em Brasília. Viva a República!

O sinal político é claro: Freire está ajudando a salvar o PPS de Mato Grosso do Sul, porque, caso contrário, a parceria Athayde/Azambuja transformaria o partido rapidamente em pó.

Essa é a vida...