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Azambuja esquece o erro fundamental de seu Governo


Leio três reportagens no site Campograndenews na tarde de hoje com declarações do governador Reinaldo Azambuja.

No fundo, as três notas se interligam.

Na primeira, o governador defende a PEC 241 que limita os gastos públicos. Faz uma leitura óbvia da necessidade de controle de despesas públicas, reconhecendo que a medida atinge "interesses corporativistas". 

Na segunda, avisa o setor empresarial que, no próximo mês de novembro, enviará à Assembléia Legislativa proposta de reforma administrativa,  reduzindo o número de secretarias e, mais uma vez, tentando fazer colar que isso visa melhorar a gestão do Estado. Não vale rir. 

Na terceira, anuncia a visita de Aécio Neves a Campo Grande para dar apoio à candidatura de Rose Modesto, considerando a atual campanha "positiva" e, pelo que declarou, só está vendo os candidatos apresentarem propostas. 

Parece que não tem conhecimento das baixezas que sua candidata vem protagonizando. 

No subtexto desse material jornalístico percebe-se claramente que Azambuja abstraiu-se da realidade e desconhece que o problema das contas de seu governo não está na razão direta entre receita e despesa e sim naquela palavrinha muito falada, mas cada vez mais desconsiderada por quem ocupa o poder: corrupção. 

Se Azambuja acreditasse de fato nas suas ideias e estivesse disposto a restaurar a saúde financeira do Estado começaria por fazer uma reforma para impedir o saque sistemático de recursos públicos por meio de contratos em todas as áreas e determinaria que a gestão governamental abandonasse a lógica de fazer as coisas só pensando no fator eleitoral. 

Do jeito que vem fazendo não há caixa que resista. Não há reforma que se sustente. Não há "medidas de austeridade" que seja crível.