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A minha relação com o PSDB



Estou preparando um texto mais ou menos longo sobre minhas relações com o PSDB, já que sou filiado ao partido há mais de 12 anos. Tenho sido muito criticado - sempre em tom maledicente - de que mantenho meu blog com críticas ao tucanato por que não consegui um bom emprego no Governo de Reinaldo Azambuja.

Esse seria o caminho mais fácil. Preferi o difícil: fazer jornalismo crítico e independente. Qual o motivo: ressentimento político? Mágoa? Frustração?

Lembro uma frase de um personagem político que admiro intelectualmente, José Serra: "por favor, não me meçam com sua régua!"

Digo o mesmo com esse artigo. Sou PSDB por convicções políticas, assim como muitos petistas são do PT por suas convicções. Ambos imaginamos que o debate da social-democracia - sim, somos todos social-democratas - deve colocar governos populistas e corruptos sob o crivo da crítica permanente.

O PT deixou de fazer isso porque a "cultura da boquinha" matou o senso crítico do partido. Deu no deu.

No PSDB nunca houve essa prática, porque a expectativa fisiológica de poder e o coronelato que passou a controlar a máquina burocrática do partido nunca permitiram.

O que muita gente não compreende é que posso ser filiado a um partido, analisá-lo estruturalmente, criticá-lo interna e publicamente, sem que isso signifique a expressão rançosa de interesses contrariados.

Sou do PSDB mas não gosto do Governo Azambuja. Simples assim. Na verdade, Azambuja não faz um governo tucano. Ele faz negócios.

Mas isso explico depois....