Rose Modesto e senadora Tereza Cristina preparando-se para 2026
Lula - Outro dia Janja deu uma entrevista dizendo que Lula só será candidato à reeleição se tiver boa saúde para enfrentar a exaustiva agenda de campanha. Ninguém acreditou. Mas ela pode estar falando a verdade. O mundo é esquisito. O que se percebe, contudo, é que os movimentos presidenciais indicam uma preparação de sua candidatura. O PT não tem opção. Acho que a situação é aquela: se não tem tu, vai tu mesmo.
Lula nunca permitiu que surgisse uma nova liderança em seu partido com potencial para chegar à presidência. Quando Dilma Rousseff e Fernando Haddad disputaram tudo aconteceu sob circunstâncias especiais. No primeiro caso, a legislação não permitia uma terceira reeleição. No segundo, Lula estava preso.
Agora ele está velho, mas está vivo e plenamente em condição legais de disputa. Sua popularidade está baixa, o eleitorado está dividido e a direita ainda não tem um nome para colocar no páreo. Bolsonaro tem chances remotíssimas de ser candidato, mas o bolsonarismo (uma sombra política em busca de uma definição) segue perambulando por aí como um zumbi de filme de terror.
Senado - O Congresso Nacional atualmente tem mais força política do que o Executivo ( que ainda pode muito, mas cada vez menos). É provável que o esforço eleitoral dos partidos buscará a formação de grandes bancadas no senado e na Câmara.
Ali se travarão as verdadeiras disputas oceânicas. O Centrão poderá ter seu poder aumentado. A esquerda seguirá em viés de baixa e a direita (seguindo um fenômeno mundial) deverá ter um crescimento significativo. O sonho desse pessoal é ter o comando do Senado para jogar pra frente o impeachment de Ministros do Supremo, com foco em Alexandre de Moraes, cada vez mais conhecido como carcereiro implacável
A disputa por duas cadeiras do senado aqui em Mato Grosso do Sul será renhida. Será uma eleição complicada. Os entendidos no assunto dizem que uma cadeira provavelmente está garantida para o ex-governador Reinaldo Azambuja. A outra ainda é um mistério. Na minha opinião (ressalto que ela é meramente impressionista) nem Nelsinho Trad muito menos Soraya Thronicke conseguirão voltar para aquela Casa que chamam de a antessala do céu.
Claro que é mero palpite. Mas estes dois vão enfrentar o que se chama de fadiga de material, pois o eleitor quer alguém novo e diferente para fazer uma "experiência", algo parecido quando elegeram Thronicke na eleição em que se descobriu que o fenômeno do bolsonarismo era real.
O mundo girou. Os tempos mudaram e a vida está cada vez mais esquisita. A ver.
Governo estadual - A turma que atua no entorno da Senadora Tereza Cristina está difundindo por aí que ela disputará o Governo do Estado contra Eduardo Riedel.
Ela nunca confirmou essa informação e nega essa intenção. Mas assessores próximos trabalham cada vez com mais afinco essa hipótese. Particularmente, acho difícil. Mas o que Tereca teria a perder?
Ela fez uma aposta correta na prefeitura e ficou ambiciosa. Mesmo com Adriane Lopes fazendo uma administração medíocre, alguns acreditam que isso é apenas uma fase, pois as maldades do momento se transformarão em bondades no período de campanha.
Enfim, a política é dinâmica, hoje faz sol, amanhã chove e segunda-feira ninguém sabe o que será...
A Morena Falsiane - A ex-deputada Rose Modesto foi acomodada numa boquinha na presidência do Senado. O salário é bom, o trabalho é quase nenhum (isso se considerarmos que apertar as mãos de pessoas, dar tapinhas nas costas e atender correligionários do Estado é "trabalho") e Brasília é um lugar de bons restaurantes, o Congresso é uma eterna festa e um lugar perfeito para fazer lobies.
Ali tem tudo que a Morena gosta. Ainda assim, está sendo vigiada. Essa semana correu um boato de que ela não estava sendo vista nas dependências do Senado, com sugestão de que Rose estava prestes a se transformar num espectro fantasmagórico a assombrar os corredores da instituição.
Depois, numa checagem de rotina descobriu-se que era mentira. Na verdade, ela faz aquele trajeto parlamentar de passar de segunda a quinta-feira em Brasília para sextar em Campo Grande para fazer agenda política nos finais de semana. Ou seja: está em campanha com recursos do contribuinte, sem medo de ser feliz.
Moka - O ex-senador Moka ganhou um cargo de chefe do escritório de representação de Mato Grosso do Sul em Brasília. De imediato começaram a falar que ele assumiu a função, mas não foi para a Capital Federal e estava curtindo em Campo Grande. Outra notícia fake. Confundiram ele com seu antecessor. Moka já alugou apartamento na cidade e, como tem bons contatos no Congresso, já apresentou suas credenciais. Política também é fofoca.
Memes - Depois que Bolsonaro tornou réu por conta da trama golpista ( agora é assim que se fala e escreve, antes era apenas "tentativa") as redes sociais foram inundadas de memes. Pesquisa feita pelo jornal O Estado de São Paulo apurou que 47% era contra o ex-presidente e 44% a favor. Ou seja: empate técnico. Os gabinetes do ódio de Lula e Bozo estão funcionando a pleno vapor.