Reparem: A Procuradoria Geral da República (PGR) jogou uma bomba no Bolsonarismo esta semana, causando uma agitação inaudita no mundo político, mas não se ouve falar da Senadora Tereza Cristina. 

Como sempre, em momentos de crise, ela fica na moita, a não ser que ela tenha interesses pessoais no assunto.

Sempre foi assim: Tereca foi cultivada na estufa do oportunismo. Quando se vê no aperto, ela mente, engana, trai. Seus valores são fluidos, mas ela é quem é. (Não vou por enquanto descer aos pormenores porque ela inventa coisas horrorosas a meu respeito).

Institucionalmente, ela tem cumprido com o dever de casa; pessoalmente, prefiro nem comentar.

Dificilmente (pode até acontecer), se verá um apoio explícito ou uma defesa contundente a Bolsonaro. Mas não é do feitio de Tereza. Numa crise, ela se afasta, olha pra cima, diz que a barata tá voando e foge pela linha diagonal..

Veja o caso do apoio que ela emprestou à candidatura da atual prefeita de Campo Grande, Adriane Lopes. 

Fechadas as urnas, consagrada a vitória de sua candidata, a Senadora foi tida e havida como a dona da eleição da prefeitinha, colocando à prova a reputação e a potência eleitoral do ex-governador Reinaldo Azambuja na Capital. Na verdade, ela destruiu Azambuja na cidade..

Assim, dezembro passado inteiro foi de Tereza. Todos comentavam e celebravam seu sucesso. Depois, em janeiro, com a escolhas e decisões de Adriane, ficou a impressão de que o poder de influência se esvaiu. 

Ela conseguiu acomodar sua turma em bons cargos, atraiu vários filhotes de André Puccinelli, alguns ela deixou falando ao vento no meio da estrada, outros ela esqueceu, e assim a vida seguiu.

Se Tereza tem a mínima noção de política deve saber que ela é sócia e tributária da gestão da administração da família Lopes. Como a prefeitura está virando um templo do baixo evangelismo e a prefeita parece perdidinha, não se ouve falar mais de Tereza. "Me inclua fora dessa..."

Mais uma vez, depois disso, ela trocou de fantasia. Está fazendo o jogo de sempre. Mas chegará uma hora em que ela será cobrada a se explicar.

É possível que esteja observando o cenário e esperando o melhor momento para reforçar seu papel de dona da prefeitura. Por enquanto, deixe os bárbaros fazerem a festa.

A gestão de Adriane está péssima. Ainda estão dando um desconto porque ela alega que Marquinhos Trad deixou a prefeitura em péssimo estado. Mas quem conversa com gente que entende do riscado diz que Adriane é uma abilolada e anda tendo chiliques estranhos. A mulher tá com o capeta no corpo.

A situação da prefeitura - se já era ruim - tende a ficar pior. A mídia está dando um desconto porque pontualmente o dinheiro está fluindo. Mas até quando?

Com isso, a principal patrocinadora da eleição da prefeitinha enquanto estiver mordendo seu naco, fica em silêncio fingindo que tudo corre às mil maravilhas. Mas chegará o momento que a lama vai começar a transbordar e Tereza será instada a se posicionar. Veremos.

Certamente, vai buscar o apoio do governador Eduardo Riedel (ela conta com isso). Talvez ele cobre correções de rumo. Ele sabe da bagunça que está virando a prefeitura e o tamanho da irresponsabilidade que está acontecendo. 

Campo Grande, depois da gestão de Bernal, entrou em viés de baixa. A cidade nunca mais se recuperou. O incumbente que sai deixa a situação pior para o que entra. Virou um círculo vicioso. Enquanto não aparecer um gestor com G maiúsculo a capital está f....