Camila Jara (PT) e Rose (Falsiane) Modesto:
campanha verdadeira dentro do armário -
A mentira na política é quase que obrigatória. O candidato que não conta aquelas lorotas do arco da velha não se elege nem para fiscal de quarteirão. A verdade é uma só: todos mentem.
O eleitorado sabe que muitas promessas de campanha são inexequíveis, mas gostam de ouvi-las porque percebem que só assim criam um pacto com o candidato, podendo cobrar o que foi apalavrado caso seja necessário.
A promessa às vezes torna-se uma nota promissória que pode ser cobrada na hora mais conveniente.
Isso está na essência da democracia, quando a política tenta formular um contrato social para criar um ambiente onde seja possível imaginar que exista o bem comum.
O que os eleitores não gostam é de serem enganados na cara dura.
Dependendo do volume e da qualidade das mentiras contadas fica claro que se jogam os escrúpulos às favas e assim revela-se a personalidade verdadeira do candidato.
Uma sociedade mais escolada sente de longe o cheiro do estelionatário, do canalha, do sacripanta, descobrindo rapidamente a natureza da alma do personagem que aparece pedindo seu voto e, no caso, querendo comandar os destinos da cidade que você ama, e depois traí-lo de maneira despudorada.
Não vou citar exemplos concretos porque não quero entupir os tribunais de papelada inútil.
Estou acompanhando o desenrolar da campanha para prefeito de Campo Grande pela imprensa, pelos programas do TRE e redes sociais.
Até agora, não vi nada que fuja aos padrões naturais dessa atividade, que é um misto de fantasia, esperteza e cinismo.
Mesmo assim, observando o cenário com certa agudeza, estou cada vez mais boquiaberto com as posturas de Rose Modesto e Camila Jara.
A primeira, pelas mentiras brutais que vêm jogando para o público acerca de fatos históricos, forjando uma narrativa apropriada para o momento, contando para tanto com a certeza dissimulada de que a verdade verdadeira caiu no esquecimento do povo.
Por isso, nada mais fácil do que enganar as pessoas por conveniências da hora, torcendo pelo apagamento da memória coletiva.
Numa postagem no instagran oficial de Rose ela aparece relatando a história na qual justifica as razões pelas quais "saiu do PSDB", pois o partido de repente cometeu a maldade de "reduzir salários de professores".
Ela diz que neste momento "o cristal quebrou" e assim foi procurar outro caminho no União Brasil, um partido de direita, fisiológico, que, como se sabe, está se lixando para a educação no Brasil. Complicado.
Por sorte ( e para o azar de Rose) temos google, ferramenta de busca com a qual se pode estabelecer uma linha do tempo de como foi a saída de Rose do tucanato.
O (a) eleitor(a) que desejar ler o noticiário da época com as devidas declarações da candidata (e também as notas de bastidores do jornalismo político), tem a clara percepção de que Rose foi enxotada do PSDB, por reiteradas traições à cúpula do partido, num confronto por cargos, contratos, esquemas, enfim, tudo aquilo que faz a argamassa do jogo político.
Salários de professores?! Tenha paciência, Rose.
Outra mentira cabeluda da Morena é sobre suas relações com o PT. Ela vem dizendo que sua indicação para a Sudeco deu-se pelas mãos dos governadores, com forte apoio de Ronaldo Caiado. Lorota.
Os governadores respaldaram um nome nomeado por Lula, cuja indicação veio pelas mãos do deputado Vander Loubet.
Será que Rose se esqueceu que o grupo de Zeca moveu montanhas para promover uma aliança entre PT e União Brasil tempos atrás.
Sem contar que Zeca e Vander fazem reuniões semanais no apartamento de Rose (um prédio magnífico e luxuoso localizado ao lado do Shopping Campo Grande), tramando o jogo eleitoral, traçando estratégias para o futuro, principalmente para o jogo de 2026.
Para o PT sobreviver em Mato Grosso do Sul a prefeitura de Campo Grande é fundamental.
O que sobra de pergunta sobre as narrativas fantasiosas de Rose (umbilicalmente vinculada ao PT, mas guardada no armário porque sabe que o Lulismo espanta votos em Campo Grande) é sobre o papel de Camila Jara nesse mafuá. Em qual gaveta ela está escondida?
Por enquanto, ela está só fazendo papel de tonta. Sua única preocupação é se cacifar para eleições futuras, garantindo mandato de deputada federal, cargo que a tem deslumbrado com viagens internacionais, banhos de loja e festas de arromba. Nada como viver em Brasília, sem tem que prestar contas a essa sociedade atrasada, machista e misógina.
Aos poucos, a verdade será restabelecida. Sinto-me na obrigações moral de ajudar neste processo.