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PSDB prefere disputar com Adriane Lopes o segundo turno

Num eventual segundo turno, tucanato
 prefere disputar com Adriane Lopes

Nos cálculos do tucanato, um segundo turno entre Beto Pereira e a prefeitinha Adriane Lopes é, como se diz, mamão com açúcar.

De acordo com a estratégia formulada pela cúpula do partido é mais fácil desconstruir a atual incumbente, mesmo porque sua gestão está vazando por todos os cantos, do que ter que colocar Falsiane contra a parede, num jogo que pode resvalar para a baixaria..

Nesse caso, Beto Pereira vestiria o uniforme de oposição e iria para o campo para explorar as falhas do adversário. A prefeitinha vai mal, a cidade está esboroando, ela parece perdida. A chance de vencer por goleada seria uma hipótese mais do que provável.

A disputa com Rose seria diferente. Tanto ela quanto Beto teriam diagnósticos e propostas semelhantes para a cidade. Não tem muito que inventar. Ninguém vai prometer construir metrô ou um megahospital porque sabe que ninguém acreditaria em maluquice.

Nisso, o jogo se equivale e vai depender da performance discursiva de cada candidato. Beto leva vantagem, embora Rose tenha adquirido maturidade nos últimos tempos e até as normas formais da língua pátria ela está sabendo usar.

É muito provável que o tucanato tente empurrar Lopes, fortalecendo sua candidatura em alguns bairros, na esperança que tire Rose do páreo. Esse jogo está sendo jogado. 

Rose tem dinheiro do Governo Lula e ampliaria sua base de apoio com o PT. Beto tem a máquina do governo Estado. Será uma disputa tensa, com debates polarizados, com grande chance de descambar para o jogo baixo como nunca se viu antes. Não será agradável assistir a contenda.

Tanto o governador Eduardo Riedel e o ex-governador Azambuja sabem que uma disputa com Rose deve ser o máximo cuidadosa porque todos sabem que 2026 será pedreira. Ambos tem alertado seus seguidores a não fomentar inimizades, não queimar pontes, não criar mágoas desnecessárias, pois sabem que no futuro todos podem estar juntos nos mesmos palanques.

O grande problema é que Rose está apertando o torniquete. Ela parece movida por sentimento de vingança e ressentimento. Tanto que colocou uma boa parte da equipe de Marquinhos Trad no núcleo de sua campanha. Marquinhos está espumando ódio, sedento para criar uma armadilha perigosa para Azambuja na reta final da campanha.

Como se sabe, Marquinhos já afirmou para este jornalista que vos escreve, em conversa pessoal, que Azamba e Carlos Alberto Assis tem uma dívida a pagar por conta da "armação" sobre assédio sexual de quando a prefeitura foi jocosamente chamada de "motel".

O grande problema de Rose é esse: está cercada de gente ressentida que não está pensando na cidade. O interesse são questões pessoais, já tendo gente, como, por exemplo, o Presidente do TCE/MS, Jerson Domingos, planejando a ocupações de cargos em secretárias, principalmente aquelas "que furam poço".

O grande público assiste à campanha na mídia, nas ruas e nos bairros, não imaginando que esse ambiente aparentemente festivo na superfície tem logo abaixo um rio subterrâneo de lama e lavas. Nas ultimas semanas do primeiro turno talvez tudo transborde.

Quem viver, verá.