Senadora Tereza Cristina e Jair Bolsonaro: não espere ver este gesto amoroso tão cedo -
Depois que Jair Bolsonaro e Valdemar da Costa Neto deram uma rasteira na senadora Tereza Cristina por conta do apoio (prometido e não cumprido) à candidatura de Adriane Lopes a coisa azedou de vez. Seria conveniente que não se convidasse para a mesma festa estes personagens - juntamente com Reinaldo Azambuja, Beto Pereira e outros tucanos de baixo escalão - para evitar bate-boca e baixaria.
Por onde tem passado a Senadora Tereza não esconde sua raiva titânica contra seus antigos aliados. Os adjetivos que ela tem dirigido a Bolsonaro e Reinaldo não são propriamente coisas que uma dama de nossa alta aristocracia bovina diz do alto de sua indiferença aos comuns mortais.
O xingamento tem sido pesado. A senadora transformou seu amor em cólera. Ódio puro. O único que tem sido poupado é o governador Eduardo Riedel. A amizade entre ambos tem uma solidez que resiste a estes episódios de traição em campanhas eleitorais.
Tereza inclusive mandou avisar a quem interessar possa que a partir de agora mandou abrir sua caixa de ferramentas para usar alguns instrumentos que apertem os torniquetes de Azambuja e Bolsonaro, usando inclusive seus contatos na grande mídia. Tem gente preocupada.
Mas a política é assim mesmo. Hoje eles brigam, amanhã fazem as pazes e na semana que vem ninguém sabe o que será.
Nos cálculos da campanha de Adriane Lopes as coisas estão ficando a cada dia mais difíceis. Pesquisas internas mostram que ela empacou no terceiro lugar. De repente, dependendo da performance de Camila Jara ou de outro outsider, a pastora poderá ir para o fim da fila.
Hoje - ainda tem chão pela frente - a classe política vislumbra uma disputa em dois turnos entre Rose Modesto e Beto Pereira.
É preciso dizer que Rose está indo bem, com bom marketing, mostrando nova personalidade, usando um óculos aro grosso que lhe confere pose de intelectual. Aquela moça simplória, falando errado, com sotaque caipira, está sumindo na poeira. Ponto pra ela.
Beto agora terá que superar o obstáculo criado pelo Conselheiro do Tribunal de Contas, Jerson Domingos, por ora envolvido com problemas policiais por causa de seu envolvimento na ação penal da Operação Ormetà, um lance digno de filme da máfia.
O quadro político está bem esquisito. Chegará um momento que haverá tanto podre na praça que só haverá uma saída para os candidatos: ninguém falará mal de ninguém, pelo simples fato revelador de que não há santos neste mafuá.