Entrevista da Senadora Tereza Cristina(PP) ao O Globo mostra nas entrelinhas
que ela se ajoelhou ao PT e só falta beijar a cruz. -
A Senadora Tereza Cristina brilha hoje (21/07) numa entrevista de meia página para O Globo. A entrevista esclarece pouco, mas indica caminhos. A senadora é lacônica e mede as palavras. Mostra-se uma "bolsonarista moderada" (um oxímoro que pode ser também uma piada), quase elogia Lula e se mostra muito próxima ao Ministro Haddad.
Reconhece-se em Tereza o esforço para ser uma oposição equilibrada ao Governo. Na entrevista, ela emite sinais e afirma que Lula está melhorando e que há possibilidade de diálogo com a bancada ruralista.
Na verdade, Tereza não é bolsonarista. Sua história política foi forjada no oportunismo soft, ela gosta de estar sempre próxima do governo (qualquer governo) e não dá a mínima pelota para pautas ideológicas.
A entrevista é econômica em frases de efeito, embora a imprensa sul-mato-grossense comemore o fato de uma personalidade local aparecer na mídia nacional, pois aqui ainda frutifica aquele sentimento provinciano que valoriza demais esse tipo de aparição.
Algumas respostas da senadora são reveladoras. Exemplos: quando ela responde se os escândalos que envolvem o ex-presidente Bolsonaro não o fragilizam como principal líder da direita sua resposta é equidistante. Ela tira o corpo fora e diz: "para o eleitor bolsonarista, não. Eles (reparem o distanciamento) confiam nele e acham (?) que ele está sendo perseguido". Dispensa-se maiores comentários.
E assim vai, demonstrando que está apostando todas as fichas no governador de São Paulo, Tarcísio Freiras, apesar de reconhecer que "ninguém escapa de Bolsonaro", afirmando que "o apoio dele é fundamental para o nome se eleger".
Enfim, não há nada de surpreendente na entrevista de dona Tereca, pois é rotina ela sobreviver em cima do muro, sempre tirando o corpo fora quando há necessidade de demonstrar posicionamentos críticos.
Uma leitura dispensável.