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Robson Gatti, o pobre menino rico pede justiça gratuita para processar o blog

Robson Gatti, publicitário, que alega viver em grandes dificuldades

Assim que terminou a eleição de 2022, aqueles que foram derrotados foram pra casa lamber as feridas. O correto seria fazer uma reflexão para encontrar o caminho da humildade na revisão de conceitos em busca da autocrítica purificadora. Mas esse é um caminho difícil e repleto de sofrimento. Então, a maioria ressente-se e mergulha na sanha da vingança.


O lugar-comum é buscar algum reparo judicial. Foi o que o publicitário Robson Gatti, ex-assessor especial de Marquinhos Trad, fez propondo uma ação inibitória de remoção de ato ilícito com pedido de tutela antecipada. Noutras palavras, as postagens que o envolveu no escândalo sexual que atingiu o ex-prefeito (noticiado por toda a imprensa sul-mato-grossense) durante a campanha encontrou neste jornalista que vos escreve o perfeito bode expiatório a pagar por todas as mazelas.

Enfim, fui dado a saber recentemente que Gatti está me acionando criminalmente para retirar as postagens que fiz na época em meu Blog, alegando ofensa grave à sua honra. É preciso lembrar que as postagens foram feitas em ambiente de disputa eleitoral e, muitas vezes, nestes casos, a terminologia utilizada de todos os lados adquire tons fortes, mesmo porque aquelas denúncias (assédio sexual e Proinc) exigiam.

Passada a refrega, com a poeira baixada, tudo deveria voltar ao normal. Se Gatti entrasse com contato com este jornalista e solicitasse a retirada dos posts seria atendido. Mas ele preferiu judicializar a questão e, mais grave, pedir justiça gratuita, o que no caso dele, representa uma infração e um desrespeito ao judiciário.

No próprio pedido Gatti fornece seu endereço no condomínio Damha, o que, convenhamos, não representa nenhum sinal de pobreza. Sabe-se em Campo Grande que o publicitário é homem de posses. Na época em que ele propôs a ação, conforme o site Transparência da prefeitura de Campo Grande, seu salário estava acima de R$ 15 mil, que somado a vários outros ganhos que, pelos sinais de riqueza que aparenta, fica claro que ele ocultou informações verdadeiras ao judiciário.

Não sei como o Juiz do caso verá esse assunto. Mas é perfeitamente indicativo de que se uma pessoa está pedindo a defesa de sua honra, não deve cometer a desonra com o Poder a que está pedindo abrigo e proteção.

Tudo bem, isso não é problema meu. Quem sou eu para julgar as decisões de terceiros?

Gostaria apenas de consignar aqui que já conversei com várias pessoas próximas a Gatti e disse que lhe atenderia o pedido, que ele entrasse em contato com meu advogado, que tudo terminaria a bom termo. Não sei se lhe avisaram.

Diante disso, a contragosto, decidi tornar o assunto público, dando demonstração de boa vontade.

Reconheço que as postagens não fornecem uma boa imagem de nosso publicitário, mas o tempo passou e meu coração amoleceu. Não tenho nada pessoal contra Gatti. No fundo, sempre fiquei penalizado com aquela sua sofreguidão por ostentar poder, influência, riqueza, uma coisa meio jeca, mas o que se pode fazer quando se sabe que o homem é ele e suas circunstâncias.

Espero que Gatti (ou seu advogado) entre em contato e formalizemos um acordo de cavalheiros para acabar com esse bobagem que só gera despesas inúteis para o judiciário. Assim, o autor evita gastos desnecessários (já que a pobreza bateu à sua porta) e este jornalista segue com sua vidinha medíocre, repleta de dor o sofrimento.

Atestado apresentado ao Poder Judiciário solicitando  Justiça Gratuita