Rodrigo Peres, secretário de Governo de Mato Grosso do Sul -
Seguindo a história do Estado, o cargo de Secretário de Governo, equivalente à chefia da Casa Civil, sempre coube a pessoas com experiência política, conhecedor longevo das peculiaridades, sensibilidades e vaidades das lideranças regionais.
Pedro Caravina, mesmo sendo considerado um personagem pouco maleável no trato de questões afetas ao jogo dos interesses paroquiais, se adequava porque tinha experiência executiva e parlamentar, mesmo sendo a pessoa que o governador havia escolhido para dizer "não" a todo momento. Claro, é preciso estofo para exercer a função de xerife num ambiente em que todos desejam ver suas demandas aceitas, principalmente no primeiro ano de mandato.
A escolha de Rodrigo Perez, 38 anos, destoa dessa linhagem. Ele é homem de gestão empresarial, planejador, muito vinculado à iniciativa privada. Sua experiência política advém da participação de campanhas eleitorais, onde atuou como estrategista e ideólogo, distante das ruas, mais como formulador do que executor do dia a dia operacional do processo político.
O governador tem clareza da assertividade deste perfil e considera Rodrigo adequado para o momento. Riedel tem seu novo secretário em alta conta, considerando-o um "excelente" planejador e coordenador de equipe. Não vê sua pouca vivência com o mundo parlamentar como óbice e sim como vantagem. "Ele não tem vícios nem cacoetes e sabe ser pragmático o suficiente para separar os vários níveis de interesse que circundam o ambiente público de Mato Grosso do Sul.
Riedel considera Rodrigo um sujeito maleável, discreto, habilidoso e sempre diz que seu novo auxiliar "vai surpreender".
O mesmo diz o secretário de Finanças Flávio César, com traquejo e conhecimento profundo da vida política de Mato Grosso do Sul, principalmente quando ressalta a capacidade de Rodrigo em antecipar crises e problemas institucionais. "Ele é intuitivo, inteligente, tem bom senso e sabe a hora de avançar e a hora de recuar", comenta.
Ana Carolina Nardes, secretária-adjunta
Flávio também destaca que Rodrigo foi muito feliz na escolha de sua adjunta, Ana Carolina Nardes, advogada, pós-graduada em controle externo da administração, mestranda em direito público, tendo já trabalhado na Polícia Federal e no Governo do Paraná, além de ter coordenado o setor de compras e contratos no Governo Federal.
Riedel explica que toda escolha de secretário tem seus riscos, mas sua confiança na equipe assegura que está no caminho certo, mesmo porque percebeu sinais positivos da classe políticas com as indicações.