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Quando o fake é apenas uma legenda paralela

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A diplomacia é a arte de engolir sapos. No caso do encontro de Lula com o príncipe Saudita Mohamed Bin Salman (aquele que mandou matar e esquartejar o jornalista Jamal Khashoggi, correspondente do jornal The Washington Post em 2018) é natural que o presidente brasileiro iniciasse as conversas com o tema predileto de seu interlocutor. Não se sabe ainda se no encontro do G20, na Índia, Lula ganhou diamantes após o encontro. Dona Janja espera que sim.

 
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A Senadora Soraya Thronick gosta de trocar de partido como de roupas chics. No tempo em que ela vivia de joelhos para o ex-presidente Bolsonaro, sua predileção por armas pesadas era uma verdadeira obsessão (Freud explica). Agora, pulando de galho em galho, ela tem lembrado dos velhos tempos com ironia, mas dizem que será por pouco tempo. Preocupada com a próxima eleição para o Senado ela tem dito aos amigos que voltará a envergar o uniforme de guerrilheira. Só não sabe ainda será de direita ou de esquerda. Mas aí também seria demais...


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O Ministro Dias Toffoli fez de tudo para ter o perdão de Lula. No dia da posse do atual presidente, ele, em lágrimas pediu para ser perdoado pelo fato de não ter permitido, na época em que Lula estava preso, que o mesmo saísse de Curitiba e participasse do velório do irmão Vavá. O Ministro do STF fez de tudo. Nada deu certo. Como estamos no País dos compadres e do patrimonialismo, onde questões pessoais são mais relevantes do que as institucionais, Toffoli então fez sua grande jogada: a um simples pedido da defesa do processo da Lava Jato de anulação de provas do processo, impetrada pela advogada Valeska Martins, esposa do agora ministro Cristiano Zanin escreveu um verdadeiro libelo de defesa de Lula, derrubando todo o edifício do processo lavajatista. Uma obra de canalhice histórica que será lembrada por séculos no Brasil.

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Antes da soltura pelo STF de Mauro Cid, ex-ajudante de Ordens do ex-presidente Jair Bolsonaro, concluiu-se que ele só delataria o Capitão caso contasse tudo. Cid vinha há meses rezando em negação. No dia 7 de setembro, quando ouviu o zunido das turbinas da Esquadrilha da Fumaça ele jurou que a turma da aeronáutica vinha lhe salvar. Mas foi tudo, mais uma vez, uma doce ilusão. A partir daí decidiu que o melhor era abrir o bico, contar tudo e pedir ao papai do céu que o ajude. Triste fim de quem teve tudo, aprontou muito e agora parece que vai para o ralo.