Depois da publicação do texto "Janjo é o novo dono de Campo Grande", na edição de ontem do Blog, recebo várias mensagens pelo Whatsapp do deputado estadual Lídio Lopes, marido da prefeita Adriane Lopes, reclamando da postagem e dizendo-se decepcionado com este jornalista que vos fala: "Nossa- ele escreve-, achei que vc fosse um jornalista diferenciado e de credibilidade, mas me enganei, é mais do mesmo".

Achei graça. Primeiro, não tenho por propósito supremo agradar pessoas. Segundo, quando ele afirma que "sou mais do mesmo" isso significa que a imprensa sul-mato-grossense é um lixo. Foi isso que entendi. Está no subtexto e no contexto.

Conclui que nem Lídio nem Janjo tem assessoria de imprensa que preste. Se tivesse, haveria recomendação de silêncio. Ao se manifestar dessa maneira, significa que o material jornalístico o incomodou. E se causou incômodo, certamente ele mesmo tem dúvidas a respeito da própria conduta. É aquela frase famosa de Nietzsche: "o que não me mata me fortalece".

Tem mais: numa mensagem seguinte ele afirma que "amigo, vc está equivocado, não converso com empresários e com ninguém, não tenho nenhum nenhum acerto e isso incomoda as pessoas !!! Não fico fazendo acertos com mídias, se assim o fizesse não estaria apanhando do Godoy (não sei de quem se trata) que desde que fui vereador fica pedindo e não me curvo a isso!!".

Achei tudo estranho porque em nenhum momento escrevi isso literalmente. Nem seria o caso. Só disse que seu poder de influência sobre a administração está muito além dos laços conjugais que mantém com a prefeita. O que seria (parafraseando novamente Nietzsche) humano demasiadamente humano.

De duas, uma: ou o deputado Lídio está com sentimento de culpa ou foi traído por algum ato falho.

E tem uma coisa que Janjo precisa explicar à sociedade: ele não pode negar que está usando a máquina da prefeitura no apoio a candidatos para o Conselho Tutelar porque sua manifestação feita no púlpito de Igreja Universal está gravada em vídeo e foi transmitida aos fiéis, amplamente. Tal procedimento é imoral e devia merecer investigação do Ministério Público. 

Se Janjo quer encontrar um culpado para seu deslize recomendo olhar para o espelho.