O mundo freudiano
Orelha de Onça, Bugre laçador, vaqueiro experiente da Nhecolândia, saiu para campear um burro fujão. Clareou o dia no trecho, foi para beira do Taquari, um “Alo Pantanal” dava notícias do tal por aquelas bandas.
Depois de dois dias rompendo água e comendo de garupa, encontrou o herege grameando o mimoso em uma baixada.
Retornou, não sem antes dar uma exemplada no fujão. A farofa de garupa tinha acabado, a chuva molhou o fumo, Orelha de Onça enfrentava carestia, de vez em quando dava um tranco na boca do burro.
O cansaço só era superado com a lembrança da Floriza, velha companheira de caminhada. Se conheceram em idade avançada, não tinham filhos.
Ele retireiro no São Luiz, ela uma velha sestrosa.
Tinha deixado seu companheiro de lida para tirar leite e cuidar da praia. Zé Quati, também casado, morava em outra casa uns cem metros de distância.
Desarreiou o pirulito, deu um olhar de admiração e agradecimento ao seu confiança, amarrou o fujão e deixou na sorga.
Capim mimoso e água boa só para o pirulito. Foi ao encontro da sua amada. O rancho estava tapera, Floriza tinha vazado com Zé Quati. Orelha de Onça deu um jeito de falar com o patrão: “me dá uns dias Dr, vou secar a preza daquele vivente ”
Abílio, pantaneiro que já tinha se lambuzado no mundo freudiano, fez uma pergunta simples a Orelha de Onça: “sua mulher era boa ?".
-uma praga, doutor, comida ruim, não lavava minha roupa e ainda reclamava quando eu queria dar uma fincada...
-a mulher do Zé Quati cozinha bem, cuida dos quatro filhos e o infeliz só andava arrumado.
O diálogo entre os dois deu origem a uma nova e feliz família. Orelha de Onça educou os novos filhos com carinho e zelo, o retiro São Luiz tomou corpo, galinhas e perus em quantia no terreiro, fogão e panelas sempre areadas. Dava gosto sentar para comer o carreteiro da Severina.
Naquele ano a produção de bezerros foi recorde, até a vacada gostou da troca.
A vida e seus cavalos de pau!
*Pecuarista pantaneiro
Depois de dois dias rompendo água e comendo de garupa, encontrou o herege grameando o mimoso em uma baixada.
Retornou, não sem antes dar uma exemplada no fujão. A farofa de garupa tinha acabado, a chuva molhou o fumo, Orelha de Onça enfrentava carestia, de vez em quando dava um tranco na boca do burro.
O cansaço só era superado com a lembrança da Floriza, velha companheira de caminhada. Se conheceram em idade avançada, não tinham filhos.
Ele retireiro no São Luiz, ela uma velha sestrosa.
Tinha deixado seu companheiro de lida para tirar leite e cuidar da praia. Zé Quati, também casado, morava em outra casa uns cem metros de distância.
Desarreiou o pirulito, deu um olhar de admiração e agradecimento ao seu confiança, amarrou o fujão e deixou na sorga.
Capim mimoso e água boa só para o pirulito. Foi ao encontro da sua amada. O rancho estava tapera, Floriza tinha vazado com Zé Quati. Orelha de Onça deu um jeito de falar com o patrão: “me dá uns dias Dr, vou secar a preza daquele vivente ”
Abílio, pantaneiro que já tinha se lambuzado no mundo freudiano, fez uma pergunta simples a Orelha de Onça: “sua mulher era boa ?".
-uma praga, doutor, comida ruim, não lavava minha roupa e ainda reclamava quando eu queria dar uma fincada...
-a mulher do Zé Quati cozinha bem, cuida dos quatro filhos e o infeliz só andava arrumado.
O diálogo entre os dois deu origem a uma nova e feliz família. Orelha de Onça educou os novos filhos com carinho e zelo, o retiro São Luiz tomou corpo, galinhas e perus em quantia no terreiro, fogão e panelas sempre areadas. Dava gosto sentar para comer o carreteiro da Severina.
Naquele ano a produção de bezerros foi recorde, até a vacada gostou da troca.
A vida e seus cavalos de pau!
*Pecuarista pantaneiro