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Pesquisa Ipems sobre eleição de Campo Grande tem jeito e cor de filme de ficção

 

Leio hoje no Correio do Estado pesquisa do IPEMS mostrando que Bolsonaro e Lula exercem forte influencia no voto dos eleitores de Campo Grande. Pelos números divulgados (vou arredondar), 30% votam sob influência do ex-presidente e 25% endossarão o nome apontado pelo atual incumbente.


Claro que até a data da eleição as coisas podem mudar. Mas é possível saber de antemão quem serão os grandes influenciadores do processo. Leiam a reportagem assinada pelo jornalista Eduardo Miranda. Vale a pena como referência.

O problema é considerar que a pesquisa do IPEMS seja inteiramente crível. Desconfio de levantamentos estatísticos com numero baixo de entrevistas (400) e com margem de erro muito elevado (4,9 pontos percentuais). Qualquer manual de pesquisa eleitoral diz que levantamentos que apresentam margem de erro acima de 2 pontos, é chute certeiro fora do gol.

A leitura dessa pesquisa deve ser feita com a teoria subjacente de que se trata de jogadinha fuleira da esperteza política de algum gênio do marketing local. 

Mesmo assim, a hipótese de que Bolsonaro e Lula, em se mantendo o atual quadro de polarização, galvanizem o processo eleitoral nos grandes municípios brasileiros, sinalizando o que será a próxima eleição presidencial. O Brasil tornou-se refém do populismo e, infelizmente, Campo Grande também. Será que nossa sociedade estará disposta a mudar esse jogo?

Os números do IPEMS colocam a prefeita Adriane Lopes na liderança das preferências com 26,17%. Ela está comemorando. Burrice. Sua rejeição é de 37,20%. Com esses números sua situação é delicada. Está mais do que claro que ela será engolida pelas beiradas, num jogo de alianças e interesses que ela nem o seu "Janjo" controlam.

O jogo sucessório de Campo Grande está apenas começando. Pode ser que os nomes apresentados hoje não sobrevivam nos próximos seis meses. Como se está percebendo, o jogo nacional, os bastidores locais, as traições, as gafes e pisadas na bola, poderão alterar o quadro, transformando o cenário de hoje em mero filme de ficção.

Quem viver, verá.