Não há dia em que o ex-governador Reinaldo Azambuja não dê um tchauzinho por aí. Ou ele está no noticiário, ou nas redes sociais, ou sendo homenageado, ou circulando pelo interior do Estado, ou visitando obras de seu tempo de mandatário do Estado, ou, como nesta semana, viajando para o Chile com o governador Eduardo Riedel e seu secretário Jaime Verruck, para ver de perto projetos que tenham relação com a rota bioceânica, na área pesquisa de reflorestamento..
Olhando de perto, nada mais natural que assim seja. Azambuja é presidente do PSDB de MS, amigo pessoal de Riedel, tem 60 anos, parece estar em paz com sua vda, não se cansa de postar fotos no Insta junto com sua esposa, Dona Fátima, sempre fazendo juras de amor, como se fosse um rapaz na flor da juventude.A vitória de Riedel o redimiu, demonstrou sua força política, sua estratégia funcionou, os assuntos mais difíceis que marcaram seu primeiro mandato parece que vão se dissipando na poeira do tempo, enfim, Azambuja pode agora planejar com segurança seus projetos políticos com uma espécie de carta de alforria concedida pela sociedade.
Claro que a capivara da JBS está dormindo na Justiça Estadual, mas nada indica que vai acordar agitada, causando estragos.
Seu segundo mandato foi correto, ele colocou em ordem as finanças do Estado, sua gestão (em parceria com Riedel) realizou obras importantes, conseguiu concluir o Aquário Pantanal (um espinho no pé de seu mandato) e, mais importante, deu os primeiros passos de um modelo organizacional do Estado, cujo acabamento vem sendo encaminhado com êxito pelo seu sucessor.
Seu segundo mandato foi correto, ele colocou em ordem as finanças do Estado, sua gestão (em parceria com Riedel) realizou obras importantes, conseguiu concluir o Aquário Pantanal (um espinho no pé de seu mandato) e, mais importante, deu os primeiros passos de um modelo organizacional do Estado, cujo acabamento vem sendo encaminhado com êxito pelo seu sucessor.
Mais ainda: pacificou a classe política, evitou grandes cismas, compôs, dialogou, negociou, não caiu nas esparrelas da polarização. Fez tudo certo.
Olhando de longe, percebe-se claramente que Azambuja está em intensa campanha, mesmo porque acha que o que realizou tem valor histórico para continuar.
Olhando de longe, percebe-se claramente que Azambuja está em intensa campanha, mesmo porque acha que o que realizou tem valor histórico para continuar.
Seus movimentos indicam que ele trabalha para ser peça importante nas eleições do próximo ano. Parcela da classe política diz que sua mira aponta para uma candidatura ao senado em 2026. Mas a intensidade de suas articulações - ainda que sinalize uma tremenda dificuldade para desapegar-se, o que às vezes, incomoda - mostra que Azamba quer estar no jogo no tempo mais próximo possível, sem chance para ser esquecido ou resvalar para o ostracismo.
Há quem sinta sinais de fumaça no ar, jurando que o ex-governador pode, de repente, mudar de ideia e reativar o velho sonho de ser prefeito da Capital.
Há quem sinta sinais de fumaça no ar, jurando que o ex-governador pode, de repente, mudar de ideia e reativar o velho sonho de ser prefeito da Capital.
Claro, ele vai negar sempre que isso for perguntado, mas se o projeto Beto Pereira falhar, certamente ele voltará a pensar no assunto, ou buscará alguém com o perfil gerencial semelhante ao de Eduardo Riedel, que possa restabelecer administrativamente a Capital.
Azambuja sabe que Campo Grande foi extensamente prejudicada por vários populistas que assumiram a prefeitura nos últimos anos. A Capital está quebrada, capengando, sendo dominada por grupos que não conseguem enxergar a cidade como grande polo de negócios, e sim como espaço de domínio daqueles que exploram a pobreza, a religiosidade, o crime organizado, fomentando a mistificação ideológica e o clientelismo como forças eleitorais.
Se Azambuja adquiriu amadurecimento e conhecimento nos últimos anos, ele sabe perfeitamente o que está em jogo nas próximas eleições municipais. Talvez seja o momento de romper com o velho e aprofundar a política das grandes novidades.
Azambuja sabe que Campo Grande foi extensamente prejudicada por vários populistas que assumiram a prefeitura nos últimos anos. A Capital está quebrada, capengando, sendo dominada por grupos que não conseguem enxergar a cidade como grande polo de negócios, e sim como espaço de domínio daqueles que exploram a pobreza, a religiosidade, o crime organizado, fomentando a mistificação ideológica e o clientelismo como forças eleitorais.
Se Azambuja adquiriu amadurecimento e conhecimento nos últimos anos, ele sabe perfeitamente o que está em jogo nas próximas eleições municipais. Talvez seja o momento de romper com o velho e aprofundar a política das grandes novidades.