***Dante Filho***
Até o momento, a prefeita Adriane Lopes não se manifestou sobre a denúncia de assédio sexual contra Marquinhos Trad.
Vários órgãos de imprensa têm entrado em contato com sua assessoria, mas a resposta é o silêncio tumular.
Conforme pude apurar ela acha que o ex-prefeito vai sair dessa como vítima. Ela sonha com a volta por cima, enquanto surgem novas denúncias.
Adriane é casada com um cara que já enfrentou denúncia semelhante quando era auditor do Tribunal de Contas, então deve saber das coisas.
Mas o que é estranho é o fato dela ter se notabilizado como “mulher guerreira”, defensora dos direitos femininos, contrária aos abusos e assédios, e, de repente, prefere se esconder ao invés de demarcar posições.
Claro, existe um manto de hipocrisia cobrindo as atitudes de Adriane. Se um de seus filhos a questionasse, o que ela diria?
A melhor hipótese é que ela seguiria o surrado argumento do “jogo sujo da política”.
Desmentir é difícil. Seu gabinete ficava a três passos da do prefeito. Ela ocupava uma salinha apertada com duas assessoras.
Não é crível que em 5 anos ninguém tenha visto algo estranho, fora dos moldes, olhares fortuitos, no dia a dia do Gabinete.
Se a prefeita não for uma completa abilolada, ela sabia – ou desconfiava - do que acontecia no banheiro dos fundos e outras dependências da prefeitura.
Certamente, por razões políticas, como boa mulher, pastora, mãe e, mais recentemente, gestora, vai apontar o dedo para as vítimas e falar que tudo é “armação”.
Assim, morre a “guerreira” e nasce a política picareta.
Tudo dentro da normalidade.