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Campo Grande: O passado merece reflexão


Volta e meia escutamos em conversas sociais a comparação do atual momento político brasileiro com a situação vivida pelos campo-grandenses anos atrás, na esfera municipal.
Brigas políticas infindáveis, troca de ofensas desnecessárias entre executivo, legislativo e judiciário, futricas improdutivas, conspiratas, enfim, todos se lembram e sabem qual o resultado dessa mixórdia.
Muitas vezes cria-se um ambiente deletério no qual muitos imaginam que o vencedor de uma eleição pirou e deseja construir seu hospício particular.
Todos perdem. A casa fica desarrumada. Os rancores crescem e as fake news prosperam.
Depois do vendaval, para colocar as coisas em ordem leva-se muito tempo. Gasta-se uma energia terrível. Os recursos se escasseiam a longo prazo. Como a memória é curta, todos gritam, esquecendo-se como foi que nasceu o bebê.
Qualquer pessoa de bom senso sabe que a pacificação dos ânimos, a estabilidade institucional e a aposta no diálogo permanente dos contrários só produz ganhos sociais. Pode até demorar, mas produz...
A população de Campo Grande tem clareza sobre o quanto ganhou com a pacificação de nossa política. Isso não significa que não se deva divergir, mas reconhecer que a divergência tem que ter propósito, objetivo, rumo.
Quando o governante tem uma agenda central e uma noção de ponto de equilíbrio entre forças, respeitando-as todas na medida certa, a vida segue dentro da normalidade. Caso contrário...é isso aí que você está vendo...