Puccinelli: a bola da vez da semana republicana
Os primeiros relatos em torno da nova prisão do ex-governador André Puccinelli, hoje pela manhã, dão conta de que “ele estava tanquilo e brincalhão”.
Com certeza, a visita da PF era esperada.
Principalmente porque no próximo dia 18 o PMDB ia aclamá-lo como presidente regional do partido.
Puccinelli sempre disse que sua garantia era ficar submerso. Colocar a cabeça pra fora era um risco.
Foi o que aconteceu.
Não se deve descartar que há uma fina sintonia entre fatos políticos e operações policiais. Nesse aspecto, a hipótese de coincidência fica a cargo do freguês que acompanha o noticiário e a pauleira das redes sociais.
Seja lá o que for, é provável que ainda vamos saber a verdade um dia, ainda que ela não engrandeça o currículo de ninguém.
A pergunta que se faz agora é: qual o impacto o fato de hoje terá nos desdobramentos eleitorais de 2018?
O PMDB manterá sua programação de manter Puccinelli à frente do partido no próximo sábado?
Difícil saber. Outros acontecimentos supervenientes, envolvendo outros agentes políticos, podem encobrir os atuais acontecimentos.
Há uma tendência de a sociedade dissipar cenas passadas e ficar focada no escândalo do momento.
Se lá na frente o escândalo da hora atingir outros agentes ou postulantes, nesse jogo de tira-põe alguém poderá ganhar ou perder. Tudo dependerá o momento e do clima emocional da campanha eleitoral.
Mesmo assim, o ex-governador terá que repensar sua vida, visto que, dependendo da extensão dos danos, os índices de preferência do eleitorado poderão cair irreversivelmente.
Só que é preciso esperar decantar o atual acontecimento para avaliar as chances de cada pré-candidato lá pelo mês de julho de 2018.
Olhando por essa perspectiva, é preciso reconhecer que a tornozeleira eletrônica, em médio prazo, não colocou Puccinelli fora do jogo. A dúvida agora é se subindo alguns degraus acima nessa escala de desgaste ele venha a se tornar carta fora do baralho.
Ninguém pode afirmar nada com certeza. Mesmo que no momento alguns comemorem e outros desmoronem.