A verdade em Cartago
de glórias passadas são apenas história
- esvaída em coisas banais
(deixando apenas fluxo e sensação)
- Como aquele navio que está, ao longe,
parado no cais
(esperando que o tempo petrifique os cascos da memória)
Registrando o instante da imensa fotografia
Que transforma o meu olhar em pedra azul de ágata,
(No tépido e inclemente Sol de Cartago)
Ouvindo o rumor das ondas incessantes,
(Com o odor do marulho cortado pelos gritos das aves)
Sou, enfim, rendido pelo cenário cálido onde vago bêbado
Contra o vento,
sentado na areia da praia
Em busca de minha eterna civilização.