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Marquinhos Trad: O que fazer


Estamos hoje emitindo um decreto de ajuste das contas da prefeitura de Campo Grande pensando no nosso futuro e melhorando a nossa capacidade de gestão. 

Nosso principal objetivo será consolidar nossa capacidade de investimento para ampliar e melhorar o atendimento à população.

Somos visceralmente comprometidos com o reequilíbrio das contas, com a redução dos custos e com a transparência de conduta. 

Para isso, planejamos nos primeiros 5 meses de administração uma série de procedimentos para aumentar a arrecadação e otimizar a gestão de recursos. 

Renegociamos contratos, enxugamos despesas supérfluas, retomamos o controle das finanças. Nosso trabalho é o de garantir que a administração municipal seja fortalecida para continuar prestando bons serviços à população. 

Saúde e educação são nossas prioridades. O aumento da qualidade de vida é o nosso sonho.  A fé e a esperança são as forças que nos impulsionam.

Até a semana passada, imaginávamos que a economia brasileira abria-se para a retomada de crescimento, com a queda da inflação, aumento das exportações, redução na taxa de juros e criação de novos empregos.

Mas voltamos a viver o pior dos mundos: a crise política – com as delações da JBS – assumiu graves proporções, mantendo o País num processo de incerteza que, certamente, resultará em mais desemprego, mais recessão, mais desconfiança e insegurança dos investidores.

Não queremos ser dominados por essa crise. Temos que reagir com medidas de austeridade e correção de rumo. Esse não é o momento de desesperança nem de desânimo. 

Ao contrário: esse é o melhor momento em que o País pode estar vivendo, exatamente porque estamos tendo a chance de mudar a história e os procedimentos administrativos que provocaram o caos em que vivemos. 

Mas temos que persistir em saídas pacíficas, sem violência e exacerbação de ânimos. Nosso trabalho deve ser o mais positivo possível: encontrar pontos de convergência para superar as dificuldades, criando marcos legais para fazer a cidade voltar a crescer com sustentabilidade. 

O decreto que estamos publicando visa, nesse aspecto, dar segurança ao funcionalismo e à população para garantir o pagamento em dia dos salários, melhorar a prestação de serviços e manter os investimentos fundamentais para avançar e se desenvolver. Saliento que estes ajustes foram amplamente discutidos com o secretariado. Ponto a ponto. Profundamente. Exaustivamente.

Não vamos demitir nem aumentar impostos. Temos responsabilidade ética, social e econômica nesse momento de extrema dificuldade do País.

Tentamos evitar medidas drásticas e polêmicas que pudessem gerar mais problemas do que soluções.Criamos um consenso. Todos concordaram com o que está aqui posto e firmado.
Houve inclusive um momento em que, diante dos sinais positivos da economia, pensamos que seria possível descartá-los, ganhando tempo e esperar que a roda da fortuna girasse a nosso favor.

Mas concluímos nesse final de semana que a cidade seria extremamente prejudicada caso não assumíssemos a responsabilidade de reduzir o déficit e manter o crescimento com a maior urgência possível. 

Tenho certeza que vamos superar as dificuldades e sair melhor do que entramos. Vamos seguir em frente mantendo o diálogo, o bom senso, as parcerias estratégicas e o otimismo. Essa é a lógica que nos move. Esse é o sentimento que nos embala. Esse é o propósito que nos encanta. 

Esse sempre será o espírito de nossa gestão: fazer de Campo Grande o melhor lugar do mundo para se viver e ser feliz.

Prefeito de Campo Grande