Decepcionante e incoerente a reportagem exibida pela Rede Globo no Jornal Nacional, nesta semana. A matéria induz o telespectador a acreditar que os problemas da previdência dos estados e municÃpios estão relacionados à reposição salarial dos servidores públicos.
Na verdade, esse aumento só ocorreu para os poderes Le
Computando os últimos quatro anos, estima-se que o servidor público sofreu uma perda salarial acima de 50%, um déficit maior que 40% de recursos humanos e aumento na demanda três vezes maior.
Outro ponto que merece ser questionado é a ingerência das carteiras previdenciárias, (geridas pelos nosso representantes federais) que culpabilizam o servidor público, retornam ao trabalho escravo, rasgam a CLT, vulnerabilizam a tripla jornada da mulher e ignoram a periculosidade e insalubridade de serviços como saúde, segurança e educação.
Acredito que nossos representantes (favoráveis a reforma da previdência), não estão preocupados com as futuras gerações. Eles estão mais preocupados em agradar a polÃtica previdenciária injusta proposta pelo Governo Federal.
Falta uma ampla discussão com a sociedade brasileira, explicando a necessidade dos reajustes na previdência. Um assunto tão importante como esse, merece um profundo debate com todos os setores envolvidos. por meio de audiências públicas.
O Brasil passa por um momento delicado. Vivemos umas das maiores crises econômicas da história do PaÃs. Por isso é necessário menos proselitismo barato sobre a questão “previdência” e mais responsabilidade na condução dos trabalhos.
Fecho esse texto questionando a postura jornalÃstica e a coerência da Rede Globo. A emissora agiu de forma tendenciosa ao colocar nas costas do servidor público o peso pela situação caótica do sistema previdenciário.
É papel do jornalismo expor visões diferentes sobre o mesmo fato. Nesse sentido, a Globo poderia ter tido uma conduta diferente e mostrado à população que foi a corrupção na previdência que sangrou nossas reservas, não o servidor. Simples assim.
*vereador por Campo Grande