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Pedro Mattar: Fato consumado


Faleceu ontem, 
de madrugada,
o amor que eu sentia
por minha namorada.
o desenlace,
triste e fatal
ficou atestado
como óbito
por desencanto
natural
o sepultamento
simples e normal
evitou cerimônia,
e foi consumado
no próprio local.
dispenso pêsames 
e condolências,
por esse amor,
que viveu por engano
perdurou como um raio
e morreu como um sonho.




(PS : poema feito aos 16 anos. Achei perdido
nas minhas tralhas. A namorada
atual continua firme)