Como prefeito, Marquinhos mantém estilo de contato direto com problemas da cidade
Quando foi deputado estadual, uma das marcas do mandato de Marquinhos Trad foi o de manter contato direto com a população naquilo que se tornou conhecido como "gestão corpo-a-corpo".
Trata-se de um estilo.
Em vez que acompanhar o andamento da cidade por meio de relatórios, reuniões com assessoria, noticiário da imprensa, Marquinhos prefere andar, ver e ouvir "in loco" o que está acontecendo.
Claro que essa experiência direta gera rumores como ocorreu ontem quando o prefeito decidiu, juntamente com o secretário de saúde, no último domingo, visitar a Santa Casa e Hospital Universitário e constatar a ausência de médicos plantonistas nas unidades.
O assunto deverá ter desdobramentos porque ficou evidente falha humana no processo.
Realmente, a gestão de vagas em nossas unidades de saúde é um problemaço.
É preciso percorrer o fio da meada e ver onde e como ele começa para compreender como se encaminha a solução.
No fundo, no fundo, a grande questão é que Campo Grande concentra atendimentos acima de sua capacidade de demanda. Pacientes do interior, estados vizinhos, do Paraguai e Bolívia, afluem diariamente para receber atendimento na Capital.
Isso gera uma imprevisibilidade imensa. Daí os fatores que tornam a administração difícil ou quase impossível.
Essa é a base da grande confusão. O resto fica por conta da negligência e imperícia de uma área cuja formação é cada vez mais deficiente.
É provável que os profissionais de saúde não apreciem o método do prefeito ir direto nas unidades para verificar ocorrências e os dramas das pessoas.
Da mesma forma, as empreiteiras não gostam que o chefe de executivo fique medindo com uma trena quantos centímetros de lama asfáltica foram utilizados para tapar um buraco de rua.
Médicos, engenheiros, etc., sempre afirmam que os problemas "técnicos" do setor são complexos demais para o entendimento dos comuns mortais.
Enfim, tem gente que estranha essa forma de gerir a cidade; vamos ver o que diz a população.
Talvez esse jeitão "andarilho" do prefeito seja útil para que a sociedade saiba que o gestor da cidade está acompanhando o cotidiano da cidade.
Para o bem ou para mal, melhor isso do que nada.