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Luiza diz em carta que nunca chamou Athayde de canalha


A vereadora Luiza Ribeiro, convidada para ocupar o cargo de secretária da Cidadania e da Diversidade Cultural do Ministério da Cultura, enviou carta ao blog na tarde de hoje, comentando texto em que registra a inexistência de divergências pessoais entre ela e o secretário Athayde Nery.  A correspondência é a seguinte:

"Prezado Dante,

Verdadeiramente nunca me referi ao Athayde como "canalha". Não é comum para mim referir-me assim às pessoas. Especialmente aquelas com quem convivo de muito perto.  Tenho profundo respeito e apreço pessoal pelo Athayde. Divergimos politicamente em alguns pontos. Um deles foi a estratégia eleitoral de 2016 em CG. Jamais foi meu "inimigo". 

Sinceramente, não tenho inimigos. Mesmo em muitas disputas que, aparentemente, eram rudes, das quais participei, não com Athayde, mas outros adversários eventuais como colegas de militância social ou parlamentares, nunca conservei inimigos.

Com Athayde temos relações afetivas antigas.  Trabalhei com o pai dele e com os irmãos na advocacia.  Sempre fomos parceiros políticos.  Jamais concebo que seja "canalha" ou outra "coisa". Como já disse tenho por ele respeito e consideração. Embora divirja dele como muitas vezes tive divergências com outros meus companheiros.

Antes de tudo, concebo a liberdade de pensamento e manifestação como mais relevante. E com respeito admito as divergências, imprescindíveis para uma vida melhor.
Luiza Ribeiro".

Comento: a manifestação acima de Luiza Ribeiro é a de uma pessoa decente. Sua manifestação merece respeito, independentemente de seu mérito. Dou crédito a ela. Infelizmente, o pedido de esclarecimento público não tem sido prática usual de parcela de nossas autoridades. Prefiro aceitar seu ponto de vista, evitando polemizar. Deixo isso para outro momento.

Aproveito o ensejo para fazer um esclarecimento.

Recentemente, a República de Maracaju vem se utilizando de um esquema policialesco para intimidar esse blog e esse jornalista. 

Boletins de ocorrência estapafúrdios, ações judiciais por danos morais (com pedidos de indenizações milionárias), ameaças, interceptação ilegal de telefone, oficiais de justiça batendo à minha porta fora da hora de expediente,  enfim, atos incomuns, ilegais, intimidatórios, contra a liberdade de imprensa e o Estado Democrático de Direito, enquanto a verdadeira criminalidade campeia solta em todo o Estado. 

Pergunto: o secretário Athayde Nery compactua com essa política? Pelo visto, sim. Com uma diferença: ele tem medo de mostrar aquilo que realmente é, numa linha oposta de comportamento à de Luiza Ribeiro, que se manifesta abertamente, sem medo. 

Athayde aceita práticas fascistas por causa de uma boquinha. Como o leitor chamaria a uma pessoa que faz esse jogo?