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Delação da Odebrecht: agenda de Dilma foi vendida por R$ 350 mil


Com a delação do ex-vice-presidente de relações institucionais da Odebrecht, Claudio Melo Filho, mais um mistério da República foi revelado: a saída de Anderson Dornelles, um gaúcho de 36 anos, considerado "filho de Dilma", petista histórico, responsável pela agenda presidencial.

Em fevereiro deste ano, depois de uma década atuando ao lado de Dilma,  Anderson anunciou que estava pulando fora, meses antes do impeachment, no torvelinho da Operação Lava Jato. Veja Reportagem da Folha de S. Paulo.

Na época, Dornelles desmentiu tudo e disse que estava se "casando" e que queria dar um tempo. 

No texto do executivo da Odebrecht lê-se que ele recebeu, num período de 7 meses, R$ 50 mil mensais, indicando claramente que Marcelo Odebrecht recebia informações privilegiadas do "assessor da agenda de trabalho da presidente". 

Investigadores desconfiam que esse "servicinho paralelo" era compartilhado com várias empresas. Ou seja: antes mesmo de Dilma, muitos empresários sabiam o que ela ia fazer, com quem falaria, o que despacharia e o que assinaria ao longo dos dias. 

Dornelles tinha um empregaço e era um cara pra lá de esperto. Conseguiu ficar rico apenas fazendo  anotações a uma simples agenda.