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Alexsandro Nogueira: Que falta faz Lennon


O mundo não engole Donald Trump, o Brasil chora a tragédia com a delegação da Chapecoense, parte do Senado comemora a volta de Renan à presidência e os campo-grandenses ainda vão ter que aturar Alcides Bernal por mais um mês. São dias difíceis.

Pra passar o tempo, resolvi lembrar de John Lennon, assassinado há exatos 36 anos na porta de seu apartamento no edifício Dakota, em Nova Iorque. Era 08 de dezembro de 1980, naquela noite, um maluco (Mark Chapman) que perseguia os passos do ex-beatle o chamou pelo nome e disparou quatro tiros à queima roupa.

Lennon chegou com vida ao hospital, mas não resistiu aos ferimentos e faleceu minutos depois. Tinha 40 anos, violões, guitarras, centenas de canções compostas e um último álbum em fase de finalização: Double Fantasy.

O mundo chorou sua morte precoce, manifestada em forma de vigílias, passeatas pacifistas, tributos e homenagens. E a música ficou mais pobre sem o talento de Lennon. Basta olhar o que surgiu depois e vamos perceber a penumbra criativa com que convivemos em se tratando de música pop.

Para mestres da arte de escrever canções como Rod Temperton, David Foster, Sting e Paul Mccartney, John Lennon foi um compositor singular capaz de imprimir nas músicas os detalhes de sua personalidade emblemática à medida que sua carreira ia se tornando mais sólida.

Em 2017, a obra de John Lennon retorna ao prêmio Grammy em mais uma homenagem póstuma. Talvez essa seja a maneira subliminar que os homens do mercado fonográfico encontraram para nos pedir desculpas pelo que eles colocam pra  tocar nas rádios todos os dias.


*Jornalista/Campo Grande