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Sindjor-MS faz o jogo do patronato e do poder


O Sindicato dos Jornalistas de Mato Grosso do Sul publicou Nota de Repúdio contra o jornalista titular desse blog, dando carga à ideia de que está participando de uma estratégia do patronato e do poder vigente contra a liberdade de imprensa, no geral, e contra esse profissional de imprensa, no particular. 

Ao tentar imprimir um carimbo na minha testa de usuário do comportamento "antiético" pelo fato de ter escrito uma crítica contundente contra o jornalismo praticado pela TV Morena no período eleitoral, que tentou favorecer de maneira desonesta a candidatura de Rose Modesto, utilizando  a boca de aluguel de Lucimar Lescano (veja aqui), deixou claro que faz um jogo escondido, defendendo interesses inconfessáveis.

A nota do Sindjor-MS é fruto de uma mentalidade autoritária. Não sou filiado ao Sindicato por razões particulares. Portanto, não posso ser submetido ao Conselho de Ética da entidade. Mesmo assim, como parte interessada, devia ter sido convocado oficialmente para dar a minha versão sobre o comentário que fiz na ocasião. 

Isso não aconteceu. Na verdade, recebi um recado no messenger de uma colega sugerindo que eu desse "uma olhada" no site do Sindicato. Fui surpreendido. O correto seria eu discutir a questão dos danos morais em decorrência da Nota de Repúdio noutra instância, de outra maneira. Deixo a questão em aberto por enquanto.

A minha leitura da Nota de Repúdio é a seguinte. Primeiro, existe o componente da inveja. Contra isso não posso lutar. É um sentimento humano demasiadamente humano ao qual não estaremos livres nem daqui a mil anos. Tenho que aceitar essa condição. 

Segundo, existe um componente do mercado jornalístico local. Lancei um blog há 6 meses e já acumulei mais de 1,5 milhão de visualizações. Muitos veículos estão aí na praça há anos e nunca conseguiram uma micro-parte dessa audiência. 

Meus comentários fizeram uma tremenda diferença nas últimas eleições de Campo Grande. Querendo ou não, gostando ou não, consegui, com minhas análises e críticas, inverter a lógica da campanha eleitoral, contribuindo decisivamente para que a República de Maracaju fosse derrotada. Tem gente que até hoje não suporta isso. 

Muitos me dizem que o mesmo fenômeno do site Midiamax na campanha que elegeu Bernal na prefeitura foi repetido agora com meu blog. Não sei. Não gosto de me ufanar de minhas conquistas. 

Só sei que galvanizei a opinião pública, influenciando pessoas para discutirem meus pontos de vista, apenas com a minha cabeça, meu texto, um telefone e um computador. 

A classe política atesta essa verdade. Os jornalistas sabem que sou influente e não tenho medo de escrever as coisas em que acredito, mesmo que seja contra jornalistas instituídos nas catedrais sagradas de nossa imprensa. Quem não gostar, me responda, me escreva, sempre dou direito de resposta.

Enfim, reduzi a imprensa oficial e semi-oficial a quase zero. Ficou claro que o governo está gastando dinheiro à toa com esse tipo de mídia aderente. Diante disso, os miquinhos amestrados dentro das redações começaram a ficar preocupados.

Os donos da imprensa estão enxergando em mim um concorrente potencial. Uma bobagem. Não concorro com ninguém a não ser comigo mesmo. Introduzi uma novidade inimitável na imprensa local. Não tenho culpa de estar fazendo história.

 O Sindicato, então, cumpre seu papel ajudando a me detonar por onde a coisa pega: minha credibilidade. Por isso, a Nota de Repúdio. Por isso, a tentativa de me intimidar. Por isso, a sofreguidão em me colocar no panteão das falhas "éticas". 

Terceiro, existe o componente ideológico. O Sindicato está dominado pela esquerdinha raivosa (reparem no paradoxo). Eles acham que sou um homem de direita, que vocalizo o conservadorismo, a brutalidade dos costumes, enfim, todos aqueles chavões que caracterizam o personagem politicamente incorreto que eles acham que sou. Só rindo. Eles me leem e não entendem. Eles querem que eu adote posições políticas ultrapassadas. 

O problema é a minha formação. Já li demais para não me permitir as noções de "esclarecimento" ideológico. Portanto, meus companheiros, se querem entrar na arena da polêmica estou à disposição. 

Como disse várias vezes, morro de fome mas não vivo com medo. 

Evoé.