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O romance policial de Dilma



A Folha de São Paulo publicou na última terça-feira uma reportagem de autoria da jornalista Natuza Nery sobre a vida reclusa de Dilma Rousseff em Porto Alegre.

Dilma  confessa que não sabe quando publicará um livro de memórias, mas gostaria muito de escrever um romance policial.

Um pré-roteiro ela deve ter na cabeça. Não é preciso muita imaginação para isso. Quem viveu com Lula, Palocci, José Dirceu, Vacari deve cometer alguma narrativa de fundo policialesco mais ou menos interessante.

Minha curiosidade é outra: qual  será a linha da prosa estilística que Dilma adotará para escrever esse romance?

Caso for levado em conta o modelo de seus discursos acho que terá forte pegada Joyceana.

Ela deve mergulhar no palavreado tortuoso do fluxo de consciência e, com isso, talvez brinde seus leitores com uma nova experiência estética.

Tenho certeza de que será uma obra de vanguarda.

Vamos finalmente ter acesso direto ao Dilmês castiço no original, essa linguagem misteriosa que nem os versados em Derrida conseguem entender.

Quem sabe Dilma mostre ao mundo seu talento artístico ao escrever esse romance, com certeza um cartapácio de mais de 500 páginas com um monte de palavras, poucas ideias e uma história fantasiosa para nos confundir ainda mais.

Estou esperando que o livro revele aquilo que todos desconfiamos e ainda não sabemos: que aquela cabecinha não tem capacidade de formular qualquer historieta com começo, meio e fim, mas pode gerar mais espuma do que se imagina.

Para conhecer a obra, basta olhar para o monumento que deixou a sua volta. 

Vamos aguardar a novidade.