A maçaroca de informações sobre as eleições americanas não permitem, por enquanto, análises originais sobre as candidatas Hillary e Trump.
Nessa altura do campeonato, tudo já foi dito sobre eles.
Nos últimos dias, a mídia (especializada ou não ) tem escrutinado em detalhes sobre os dois candidatos mais rejeitados de toda a história eleitoral dos EUA, embora um deles tenha que vencer hoje o pleito.
Tudo indica que será Hillary. Mas quem vai saber...
Como a maioria dos brasileiros, torço para ela. Trump causa medo.
Não aquele medo comum, pois acho que a agenda de um presidente americano é muito amarrada pelos contrapesos das instituições do País. Um presidente pode pouco se não tiver um Congresso afinado com ele.
Na verdade, é o medo de seu desconhecimento do que se passa no mundo. A cabeça de Trump é isolacionista. No atual momento, isso é meio estranho. Ou até perigoso.
Ademais, 80% do que fala um candidato em campanha é mentira. Trump, aliás, figura entre os candidatos mais mentirosos da história.
Por isso, não vejo nele o capeta encarnado como muita gente está achando que é.
Se Trump for derrotado, a questão mais relevante torna-se outra. Ou seja: ele vai pra casa, mas suas ideias e suas inspirações ficarão pairando sobre a América profunda. Lá na frente, o bicho pode pegar.
A sorte é que a cada eleição em países democráticos há a chance de refazer erros, e na história da humanidade, 4 ou 8 anos representam milésimos de segundos na dinâmica transformadora das coisas que acontecem.
Mesmo assim, o mundo será melhor com Hillary do que com Trump.