Aqueles que amam Fidel Castro devem estar felizes com a Globonews. No vasto noticiário sobre a morte do comandante ele é denominado como "líder revolucionário", "presidente" ou "ex-presidente". A mídia impressa vai o mesmo tom.
Ninguém o chama de "ditador", o que, de fato, ele foi na estrita acepção do termo.
A reverência das redações com o personagem chega a ser abjeta. A idolatria da esquerda aos assassinos carismáticos não é coisa nova.
Stálin mandou matar milhares e foi celebrado.
Matou a tiros dentro de um quarto sua primeira mulher e depois mandou matar todas as testemunhas que podiam colocá-lo sob suspeita. Foi amado durante muito tempo. Até hoje tem gente com saudades...
Lenin, Trotsky, Mao, Che Guevara, todos assassinos, andam de mãos dadas com Hitler, Mussolini, Pinochet e tantos outros crápulas inomináveis.
Em combate, os homens se matam. Depois disso, em tempos de armistício, as pessoas devem tolerar umas às outras. É assim que se funda a civilização em substituição á barbárie.
Fidel podia ter assumido o poder e feito uma verdadeira revolução nas áreas da saúde, educação e, de quebra, ter rompido o circulo vicioso das desigualdades sociais em Cuba, mas - essa é a questão relevante de meu humanismo sincero - pelo simples fato de ter mandato matar por divergências político-ideológicas, sede de poder, vaidade e preconceito, sinceramente, o faz desmerecer que o mencionem como pertencente à raça humana.
Estou me lixando para suas questões pragmáticas. Estou me rebolando para sua simbologia tosca. Até onde eu sei da vida e das coisas não é, nunca foi e nunca será proibido falar mal de Fidel. Quem não gostar, que se manifeste. elogie, formule sua idolatria, elabore seu raciocínio "inteligente".
Todos tem o direito inalienável falar e escrever seus pensamentos e convicções. As palavras são armas perigosas.
Mas não se esqueçam que, antes disso, será preciso colocar a mão na merda.