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Azambuja diz não ter pressa para mudar; ou seja, não sabe o que fazer


O governador Reinaldo Azambuja afirmou hoje não "ter pressa" para fazer a reforma administrativa. Falso. Seria melhor dizer "não sei o que fazer", soaria mais sincero e explicaria melhor a confusão em que ele está enfiando o Mato Grosso do Sul com os erros que vem cometendo.

Se Azambuja tivesse uma conversa sincera com o tucanato pensante - nem sei se isso existe mais - seria instado a iniciar sua "reforma" pela Casa Civil, dispensando o dono de seu governo, Sérgio de Paula. 

Em seguida chutaria Carlos Alberto Assis. 

Prestaria atenção no entorno desses dois e começaria a demitir a granel. Motivo? Simples: ambos formaram um bando nefasto dentro da administração pública, subvertendo lógica hierárquica e administrativa, criando um ambiente deletério e anti-funcional dentro de vários setores da máquina pública. 

Por mais que o governador seja um sujeito bem intencionado e com qualidades que até o momento estão submersas nos recônditos de suas vontades pessoais, jamais ele conseguirá gerir o Estado tendo ao lado os personagens em questão, simplesmente porque eles aduzem ao jogo bruto da velha política, algo que, paradoxalmente, faz parte da agenda de superação política do PSDB. 

Uma coisa não cola com a outra.

Tenho conversado com políticos experientes e com gente de alto gabarito técnico e acadêmico dentro do Governo. Dentre dez pessoas consultadas onze afirmam que o "esquema Sérgio de Paula" fechou o governador numa redoma, fazendo com que ele não consiga pensar nada de útil sem levar a opinião desse grupo. 

Daí que o governo realmente "não tem pressa", visto que enquanto não desatar esse nó nada será possível fazer, nada acontecerá.

Simples assim.