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Vamos brincar de fabricar escândalos?


É fácil fabricar um escândalo. Basta alguns publicitários, jornalistas e marqueteiros associados a advogados, membros do judiciário, parlamentares e Ministério Público. Basta que eles se reúnam com o firme propósito de aniquilar o adversário da hora. 

No caso de uma campanha eleitoral, não é preciso que exista nada de verdadeiro. Apenas algo que induza a uma versão do fato para ser bombado nas redes sociais. 

Esses grupos pensam da seguinte forma: para vencer é preciso destruir. Para mudar a opinião das pessoas é preciso transformar seu antagonista num monstro. Nada importa. Feio é perder. 

Assim, a fábrica de triturar reputações entra em funcionamento, com videozinhos bem montados, notinhas aqui e ali, mensagens no whatsapp, mostrando que a imaginação não tem limites e que a maldade humana não é apenas uma questão metafísica, e sim um elemento concreto de nossa natureza. 

Tenho visto coisas horrorosas nas redes sociais. Se fosse possível dar crédito a tudo que é veiculado, a única solução possível para a vida em sociedade seria saltar na direção de um abismo qualquer. 

Cada vez mais, acho que no momento das escolhas políticas é preciso fazer aquela concentração interna para separar as ilhas artificiais da realidade da terra firme em que pisamos, olhando o que é factível e o que é novelesco. 

Nesse momento, os magos dos laboratórios de marketing estão bolando alguma coisa para manipular nossas emoções, com clara intenção de substituir nossas escolhas autênticas por aquelas que são convenientes para seus negócios.

Como sacar esse jogo? Fácil. Quando candidatos aparecem em seu campo de visão, suprima o som, deixe só a imagem, e olhe bem em seus olhos. 

Saiba: os olhos não mentem, não traem as palavras e revelam sua alma.