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Rose foi lá...um mistério


Rose Modesto gastou uma baba no primeiro turno da campanha eleitoral. Fez o diabo. Torrou horrores com publicidade, sem contar o dinheiro (público) que o governo Azambuja agregou a esses gastos para manter a mídia dócil e aderente. 

No ranking das Capitais leio que ela fez uma das campanhas mais caras do País. A máquina funcionou a todo vapor para garantir a ela a passagem para o segundo turno. 

Façam a soma: ex-vereadora, vice-governadora e ex- secretária de uma pasta social que distribuía dinheiro aos pobres, Rose contava (conta) com um séquito de funcionários públicos disponíveis, cabos eleitorais aos borbotões, centenas de candidatos a vereadores, apoio de secretários de Estado e do governador, enfim, todas as condições privilegiadas para disputar a eleição com grande chance de vencer ou de quase encostar no vencedor na diferença de votos. 

Fechadas as urnas, por pouquíssimo ela quase perde para o prefeito Alcides Bernal, até então quase considerado uma carta fora do baralho político da cidade. 

Rose encostou no alambrado. 

Como isso pode ser explicado? Em qualquer circunstâncias, ela deveria ser uma candidata altamente competitiva, vigorosa e consistente. Mesmo assim, segue atrás - muito longe - de seu adversário Marquinhos Trad. 

Volto a insistir: como é que pode uma candidata com dinheiro, estrutura, apoio político amplo, geral e irrestrito correr o risco de perder vergonhosamente. 

Tem alguma coisa errada. Tem algum mistério indecifrável. Tem algo de podre no reino da Dinamarca. 

Gostaria que alguém me explicasse esse fracasso de público e de crítica no meio do salão dourado da grana pesada, da falta de escrúpulos, do uso e abuso da maquinaria do governo. 

O governador Reinaldo e seus sequazes jamais darão explicação verdadeira sobre o tema. Acredito que a cúpula do PSDB idem. 

Trata-se de caso de estudo acadêmico. 

Fecho esse artigo com uma pergunta: se Rose tem tudo na mão - uma rainha milionária no meio da pobreza em que vive o candidato adversário - qual a utilidade para tanta agressão, tanto ranço, tanta baixaria, tanto desprezo pelo discernimento dos eleitores? 

Não precisa responder agora. 

Poder deixar  para depois da eleição.