A candidata Rose Modesto (PSDB) começou hoje a apresentar suas inserções televisivas apresentando-se para o segundo turno eleitoral.
Trata-se da velha lenga-lenga política de agradecer votos e mostrar que está no páreo. Mais verdadeiro do que uma nota de 3 reais.
Na peça edulcorada produzida para provocar emoção e manter sua candidatura de pé, em determinado momento Rose dá o tom político de sua campanha.
Volta a falar que seus adversários representam a "velha política" e o retorno de "grupos" que no passado ocuparam o poder em Campo Grande.
Quem analisa com olhos críticos esse tipo de coisa fica simplesmente assombrado com o cinismo que embala esse discurso.
Se Rose ainda representasse algo "novo" e que estivesse desvinculada de grupos tradicionais da política, seria dado um desconto em seu benefício.
Mas até as capivaras do Parque das Nações sabem que isso não é verdade.
Rose é a essência da velhíssima política - populista, patrimonialista, fisiológica, atrasada - e seu grupo (a República de Maracaju) vem demonstrando, na prática, um apetite desmedido pelo poder a qualquer preço.
São as velhas oligarquias de sempre querendo o domínio hegemônico do Estado.
Na boca de Rose a palavra "nova" (sob qualquer circunstância) é uma homenagem do vício à hipocrisia.
Seus magos do marqueting bem que poderiam imaginar outro discurso.
Esse não vai pegar, não por causa das boas intenções que o embala, é porque não combina com a personagem e o seu entorno.