Na próxima semana, a partir de terça-feira, todos os dias haverá nova pesquisa na praça sobre a corrida para a prefeitura de Campo Grande.
A cereja do bolo virá na sexta-feira, dia 28, com o IBOPE e o debate na TV Morena.
Se tudo correr como se imagina, os nervos da classe política estarão à flor da pele.
A campanhas de Rose e Marquinhos vão utilizar os instrumentos de conquista de corações e mentes para mostrar ao público votante quem vai vencer.
Há quem diga que será o momento da cartada final. Haverá aquele joguinho de que um dos candidatos está preparando uma bomba contra o outro, tudo dentro de um script previsível de quem acredita que o voto é uma escolha meramente emocional.
Certamente, as pesquisas serão colocadas em dúvidas pela parte desfavorecida. Quem está atrás sempre reclama. E quem está crescendo - mesmo que seja apenas dentro das margens de erro - inventa um pretexto para dizer que está empatado na reta de chegada.
As torcidas se caracterizam exatamente por isso: elas torcem a realidade conforme seus desejos.
Haverá interpretações variadas dos levantamentos, desde as mais ortodoxas até as mais malucas. É sempre assim. Cada corrente de opinião busca explicações para suas respectivas teses.
Será, enfim, uma semana de especulações e, como de costume, de destruição de reputações.
Será a velha luta de anjos e demônios que, infelizmente, toma conta das consciências quando está em jogo dois projetos antagônicos de poder.
Na minha modesta opinião, o Governo e sua candidatura fazem um jogo pesado, na crença absoluta de que pode fazer o diabo numa campanha; ou seja, vale tudo, menos perder.
Marquinhos Trad terá que transformar sentimentos que possam contrariar essa lógica. Ou seja, galvanizar a vontade daqueles que não desejam que nenhum partido ou grupo seja hegemônico em Mato Grosso do Sul .
Certamente, haverá uma luta feroz de opiniões e impressões.
Por enquanto, a vantagem de Marquinhos - conferida por inúmeras pesquisas - reside no fato de que Rose é moral e administrativamente inepta para administrar a Capital.
Rose tenta superar esse obstáculo levantando dúvidas sobre a biografia de seu adversário. Trata-se de uma coisa pontual, enquanto o caso dela é estrutural. Mas quem liga para esses detalhes.
A função das campanhas é fazer o eleitor enxergar esses elementos diferenciadores.
Tudo dependerá da capacidade de convencimento de ambos os lados.
Mais: de levar o eleitor às urnas de fazê-lo escolher um dos projetos em pauta.
Não será fácil.
O eleitor está cansado do sistema político brasileiro.
Mas, realisticamente, é o temos para o momento.