Leio que dos dez vereadores mais bem votados nestas eleições em Campo Grande, a maioria apóia Rose Modesto (PSDB) no segundo turno da disputa pela prefeitura.
Dos parlamentares que estão neste ranking, quatro são tucanos e outros cinco pertencem a legendas aliadas.
Esse ativo político tem sido colocado como um ponto favorável a uma eventual gestão do tucanato na Capital.
Não é bem assim. Analisando o perfil dos eleitos pode-se dizer que teremos no ano que vem uma das Câmara de Vereadores menos ideológica da história.
Nenhum partido poderá compor maioria sem alianças e negociações.
E também não se poderá dizer que, seja quem for o titular da prefeitura, haverá uma bancada de situação e de oposição.
Os vereadores eleitos sabem que não poderão repetir os mesmos erros da atual legislatura.
Terão que se pautar por equilíbrio, sem cair no jogo fisiológico e de suspeitas de negociações espúrias porque a sociedade estará muita atenta aos primeiros meses de mandato.
Um conselho: não brinquem em serviço, pois a primeira impressão é a que fica.
Vejo nos atuais vereadores uma maioria centrista, com tendências à direita moderada.
Pelo pragmatismo dessa gente, salvo engano, não se espera opositores estridentes nem defensores de bandeiras exóticas.
O verdadeiro nome do partido a que estão filiados chama-se "poder", seja qual for.