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Meu amigo ontem; meu inimigo hoje


Terminado o primeiro turno eleitoral em Campo Grande os candidatos (Rose e Marquinhos) foram à praça buscar apoio. 

Jogaram a rede. Rose pegou logo de cara o Cel. David. Era óbvio. Tratava-se de um suplente de deputado, que ora ocupa a vaga de um secretário de Estado. Ou seja, se ele piar fora do ninho, adeus mandato.

Mas o grande interesse do tucanato era Bernal. 

O prefeito de Campo Grande surpreendeu com votação que quase superou a de Rose Modesto.

É o próprio Bernal quem revelava nos dias seguintes:"recebi mais telefonemas do governador Reinaldo em três dias do que todos aqueles feitos em meu mandato de prefeito". 

Ironia da vida.

Sem o apoio do prefeito, a situação ficaria muito complicada para Rose.

Bernal percebeu que apoiando a "morena" entraria na contramão da história. Perdeu os anéis, mas agora cuida de preservar os dedos. 

O homem tem intuição.


Rose não teve coragem de, pessoalmente, procurar Bernal. 


Por isso, criou uma situação de desconfiança que terminou levando o prefeito para os braços de Marquinhos. 

Isso é um pedaço da história toda. 

Agora, Bernal vem sofrendo um massacre do tucanato. Se ele estivesse atendido aos apelos de Azambuja seria um herói. 

Como resolveu contrariar a República de Maracaju, virou besta-fera. 

Esse é o preço que se paga por não obedecer o coronelato. 

Bernal ainda está digerindo a derrota. Ainda não saiu a lume para consolidar, de fato, a parceria com Marquinhos. Oficializou, mas falta ainda a consagração.

Uma aparição da dupla na TV seria de bom alvitre. Seria talvez o prego definitivo que está faltando para fechar o caixão eleitoral dessa rodada.