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Incrível: na história de Azambuja e Rose não existe Olarte


O governador Reinaldo Azambuja finalmente fez uma aparição substanciosa no programa televisivo de Rose Modesto. Começou falando errado, usando um verbo inadequado: "Eu fico (sic) com tranquilidade..."E assim foi. 

O homem não consegue fazer concordâncias verbais básicas. O raciocínio é tosco. Até atos falhos ele cometeu: "a verdade sempre prevalece a mentira". Revelador. 

Mesmo assim, vou dar um desconto nesses detalhes e comentar o essencial. 

Azambuja começou batendo na tecla de que o Mato Grosso do Sul é um oásis de prosperidade num ambiente caótico. Afirmou que dentre as 27 unidades federativas apenas 7 estão conseguindo manter o salário do funcionalismo em dia. 

Não é bem assim: apenas 7 estados estão atrasando salários. 14 governadores estão reclamando das dificuldades - inclusive ele. Os demais ( ou seja, 13 estados seguem em frente, mantendo as contas relativamente em dia). 

Reinaldo diz que cortou gastos, fez revisões contratuais e enxugou a máquina. Quem trabalha no serviço público estadual sabe perfeitamente que isso é mentira. 

Mas o nosso governador parece que vive num mundo exclusivo - a República de Maracaju -, convencido sinceramente de que tudo o que diz está calcado em fatos reais. 

O mais grave de tudo é a sua narrativa da história recente da Capital: ele joga a culpa de todo caos da cidade nas costas de Nelsinho Trad e Alcides Bernal. Esquece a existência de Olarte. Esse personagem não existiu no seu conto de fadas oficial. 

Fico a me perguntar: como alguém diz que deseja restabelecer a verdade e oculta a presença de um dos personagens principais da trama? ´

Ou é maluquice ou má-fé.