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CPI Caça Fantasma: eu vi


Meninos, eu vi. 

Vi o deputado Júnior Mochi arrependido por ter permitido - ou omitido, sei lá- o vazamento de documentos oficiais sobre a vida funcional do deputado Marquinhos Trad. 

Vi o deputado Beto Pereira engolir a seco lembrando o lixo que terá que remover de seu gabinete caso esse assunto contamine o senso crítico da sociedade. 

Vi o deputado Rinaldo Modesto pensando cabisbaixo o que terá que fazer com a sobrinha do presidente do TCE, Waldir Neves, caso essa lama transborde. São tantos favores, tantas trocas de gentilezas...

Vi militontos tucanos constatando que o tiro dado na final da campanha eleitoral está saindo pela culatra. 

Vi jornalistas a soldo calados, sem saber o que fazer quando a exigência por transparência ultrapassar o mimimi de campanha. 

Não vi o ex-deputado e atual secretário da Fazenda, Márcio Monteiro, mas imagino seu pânico quando tiver que explicar qual é o seu conceito de patrimonialismo no exercício de um cargo parlamentar. 

Talvez ele saia com essa: eu fiz o que todo mundo sempre fez. Esse cara é um gênio, não é ?

Não vi o ex-deputado e hoje governador Reinaldo Azambuja, mas acredito que ele esteja pensando onde é que se encaixa o discurso sobre a "nova" política nessa história. 

Com certeza ele deve estar avaliando e esperando a autorização de seu capitão do mato, Sérgio de Paula, para poder pensar - e falar.

Imaginemos e viajemos na maionese: o que esse pessoal falará para o distinto público (pagante) quando transbordar essa massa disforme e mal cheirosa que tem um jeitão ectoplasmático que há décadas assombra os corredores dos nossos podres poderes?

Não quero nem estar por aqui. Não verei nada....