Desde ontem já se sabia que Alcides Bernal ia emprestar seu apoio à candidatura de Marquinhos Trad.
O que o levou a fazer o anúncio hoje foi a noticia espalhada pela Casa Civil de quer havia sido fechado acordo com Azambuja por conta de recursos (coisa de mais de R$ 5 milhões) e apoio na disputa pela senado em 2018.
Era mentira. Uma estratégia baixa de contra-informação.
Seria o primeiro passo para começar a construir uma agenda negativa para Trad desde o começo, na base da boataria anti-republicana.
Bernal sentiu que isso poderia virar uma onda, caso esperasse mais 24 horas para fazer seu anúncio.
Daí, apressou o andamento da sinfonia.
A cúpula do governo - mais a presidência da Assembléia e outros órgãos instrumentais - vão tentar manobrar artificialmente o processo criando factóides nos próximos dias.
Quem quiser entender como funciona aparelhamento do poder, assista aos próximos capítulos.
A vida de Bernal e Marquinhos não será fácil.
A eleição de Rose faz parte de um projeto mais extenso do que se imagina. Se ela eventualmente se elege, a vaga sucessória da governadoria fica nas mãos da Assembléia.
O atual presidente Júnior Mochi pretende reeleger-se e, com isso, lá na frente, ocupar por alguns meses o cargo de governador interinamente. É o que se especula no mercado ultimamente.
Ou seja: eleger Rose faz parte de um xadrez político que aos poucos pretendo desvendar nesse blog.
Por isso, a marquetagem de Rose vai apelar para todos os meios para vencer na prefeitura. As próximas pesquisas vão mostrar o tamanho dessa tarefa, mas isso pode significar jogo extremamente pesado em todos os sentidos.
Hoje surgiram denúncias de que há uso de drones filmando residências e locais de trabalho dos apoiadores de Marquinhos.
Até o estúdio de gravação de sua campanha passou por filmagens.
Enfim, Rose e sua turma não medirão recursos nem escrúpulos para vencer.
Só a repulsa manifesta da sociedade poderá barrar esse ímpeto desmedido pelo poder.