No fim da semana passada, Reinaldo Azambuja anunciou que Aécio Neves viria a Campo Grande para emprestar apoio à candidatura de Rose Modesto.
Ele participaria de um grande ato público para mostrar força da candidata. Enfim, um evento caro para converter os convertidos.
Mas o azar do tucanato local parece ser infinito.
Hoje o ministro Gilmar Mendes, do Supremo Tribunal Federal (STF), atendeu ao pedido do procurador-geral da República, Rodrigo Janot, e autorizou a Polícia Federal a analisar vídeos do transporte de documentos da CPI dos Correios para o arquivo do Senado, em maio deste ano.
A decisão faz parte do inquérito contra o senador Aécio Neves (PSDB-MG), que apura se o tucano participou de uma suposta maquiagem nos dados sobre o Banco Rural enviados ao colegiado em 2005.
No mesmo dia em que o inquérito sobre Aécio foi aberto, em 3 de maio, servidores do Senado transportaram documentos de uma sala da CPI para a Coordenação de Arquivo do Senado. Uma semana depois, o Senado divulgou nota informando que o transporte dos documentos partiu de um pedido do gabinete do tucano. A
Aécio alegou que estava colhendo elementos para apresentar a sua defesa no Supremo. Foram transportadas 46 das quase 1.000 caixas que compõem o acervo da CPI.
Esse assunto tem a ver com uma denúncia do ex-senador Delcídio do Amaral, que enrola Aécio num jogo nebuloso que ainda vai dar o que falar.