Ontem presenciei um pouco da festa de inauguração do novo hospital da Cassems. Detesto esse tipo de evento, mas meu apreço e amizade pelo casal Ricardo Ayache e Danusa (filha de meu grande e saudoso amigo José Octávio Guizzo, com a qual convivi longos anos) me obrigaram a participar e ouvir os discursos.
De Ayache já comentei num post aqui no Blog.
Não vou comentar todos os discursos porque foram previsíveis. Prefiro preservar-me com os personagens porque a fila de desafetos já está ficando grande demais.
Mas, por dever de ofício, vou comentar rapidamente a fala do governador Reinaldo Azambuja.
Primeiro, chamou-me atenção quando ele foi anunciado. Os servidores esparsamente o aplaudiram, numa demonstração de frieza inaudível.
Imaginei que se ali, algum espírito de porco ensaiasse uma vaia, o mundo viria abaixo. Sorte de Reinaldo.
Azambuja falou de improviso. Na minha opinião, um desrespeito com a platéia. Mas esse é o estilo do homem.
Ademais, seguramente ele não tem um assessor qualificado para escrever um texto com meia dúzia de palavras elogiosas e minimamente instigadoras.
Então, o governador repetiu as arengas de sempre. Mas logo de cara enalteceu as vantagens do "pranejamento" de sua administração.
Comentei com os jornalistas Sérgio Cruz e Dimas Braga que estavam ao meu lado: "se ele diz 'pranejamento' é porque não tem a mínima noção do que significa planejamento". Eles riram.
Azambuja culpou a crise pelas dificuldades enfrentadas pela sua administração, mas afirmou - corretamente - que está entre as unidades federativas que ainda pagam salários do funcionalismo em dia.
No decorrer de sua fala, observei o comportamento da platéia: indiferença, cansaço, enfado. Reações naturais de pessoas quando se deparam com um representante da "velha política".