O governador Reinaldo Azambuja está cogitando reduzir, na boca do caixa, o repasse de ICMS para Campo Grande num valor da ordem R$ 3, 5 milhões até o fim do ano.
A informação começou a ser veiculada na tarde de ontem na governadoria, mas não foi confirmada por técnicos da secretaria da Fazenda.
O que se sabe é que Azambuja concluiu de que se não fizer essa pedalada que atingirá vários municÃpios - com redução de repasse de maior valor para a Capital - terá dificuldades de fechar as contas esse ano, principalmente efetuar o pagamento do 13º salário do funcionalismo.
Politicamente, a decisão - caso seja confirmada hoje - indica que a eleição de Rose Modesto deixou de ser prioridade. Seria o primeiro sinal de que a República de Maracaju "jogou a toalha".
O ambiente deverá ficar tenso no Governo nas próximas 48 horas.
O governador pretende concentrar esforços para equilibrar o caixa nos próximos meses, concluindo, com isso, que dispender mais recursos para ganhar as eleições será um esforço inútil, sobretudo depois das últimas pesquisas internas e externas.
O prefeito Alcides Bernal parece não ter sido comunicado da decisão. Certamente, ele tomará conhecimento da medida no decorrer dessa semana, devendo se manifestar sobre o fato.
Caso haja a redução de repasse a impressão será a de que o governador, em função de uma questão econômica de fundo polÃtico, cometerá uma "vingança" com a população de Campo Grande.
Ele não pretende correr esse risco e, certamente, tentará negar que tal medida seja tomada. Mesmo assim, agentes polÃticos estão interpretando que se isso acontecer Azambuja será acusado de "chantagem" e "terrorismo mesquinho".
Mesmo assim, a informação verdadeira dificilmente será contida até o próximo domingo, mesmo porque não há segredo que se mantenha intacto quando compartilhado com várias pessoas.